Poeta era comparado a José Américo

Traços poéticos do político começaram a ser cerceados em julho do ano passado.

O Poeta era encarado como um dos pilares da literatura regionalista, muitas vezes comparado ao poeta José Américo de Almeida. Os traços poéticos do político começaram a ser cerceados em julho do ano passado, quando Ronaldo Cunha Lima começou sua luta contra um adenocarcinoma no pulmão esquerdo. Em dezembro do ano passado e no começo deste ano, o estado de saúde do ex-governador se agravou, levando o Poeta a idas e vindas à UTI.

Os últimos meses de vida de Ronaldo Cunha Lima passaram sem internações hospitalares. Até que no dia 26 de junho, seu filho, o senador Cássio Cunha Lima, informou que o quadro de saúde de seu pai havia se agravado e voltado a ficar instável. Em 6 de julho o estado de saúde do Poeta voltou a ficar grave, até que, no dia 7 de julho, seu filho a anunciou que o pai havia finalmente descansado.

O Poeta é autor das obras “Poemas de sala e quarto” (1992), “Treze poemas” (1993), “Versos gramaticais” (1994), “50 canções de amor e um poema de espera” (1997), “Livro dos tercetos” (1998), “Roteiro sentimental” (2001) e “Poesias forenses” (2002). Ronaldo partiu e deixou quatro livros inacabados, que devem ser lançados postumamente nos próximos anos. (Especial para o JP)