Em reunião realizada na noite de ontem, a direção do PMDB decidiu adiar a convenção que escolheria o novo presidente estadual da legenda que estava marcada para a próxima sexta-feira, dia 26. O adiamento foi uma orientação do presidente nacional, Valdir Raupp, e com isso o enfrentamento entre o ex-governador José Maranhão e o ex-senador Wilson Santiago ficou para o dia 18 de dezembro. No entanto, os dois lados saíram do encontro dizendo que vão buscar o consenso para formação de uma chapa única.
O impasse no PMDB teve início na quinta-feira passada quando a direção do partido publicou edital convocando a convenção estadual. No mesmo dia José Maranhão veio a público e disse que reassumiria a presidência a convite de vários aliados.
Contudo, um grupo liderado por Wilson Santiago, pelo deputado federal Manoel Júnior e pelo deputado estadual Gervásio Maia não gostou da forma como o processo se deu e decidiu ir para o enfrentamento.
A reunião, a portas fechadas, teve a participação da executiva do PMDB e das principais lideranças da sigla. Ao término, Maranhão disse que não esperava que fosse montada uma chapa para enfrentá-lo na briga pelo comando do partido e deixou a entender que os companheiros de partido estavam sendo ingratos com ele. “Em política tudo é possível acontecer, mas evidentemente eu não tinha essa expectativa. Estive no governo do Estado ao lado de todos esses companheiros e contribuí para as eleições de todos eles. Então, não esperava que de repente acontecesse o que aconteceu, mas ainda continuo apostando em um entendimento, esse é o meu espírito”, disse.
Apesar do adiamento da convenção, as chapas de Maranhão e Santiago estão mantidas e até dezembro deve haver a tentativa de unidade. De acordo com Santiago, isso pode ser feito até 48 horas antes da convenção. “Iremos trabalhar no sentido de unir as chapas, com isso quem ganha é o PMDB”, afirmou. Mas Gervásio Maia saiu reafirmando a necessidade de renovação do PMDB.
