O vereador Renato Martins (PSB) cobrou do secretário municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Geraldo Amorim, que agilize a finalização do concurso público da Guarda Municipal para reduzir os gastos públicos com a contratação de vigilância armada privada para fazer a segurança predial dos órgãos da prefeitura de João Pessoa. “Se ele tem dinheiro para contratar a vigilância armada, porque ele não tem dinheiro para treinar o pessoal da guarda municipal e terminar o concurso público?”, questionou.
O secretário Geraldo Amorim disse já estar cansado de tentar responder aos questionamentos do parlamentar que faz oposição ao prefeito Luciano Cartaxo (PT) na Câmara Municipal de João Pessoa. Segundo Amorim, o curso está em fase de conclusão e logo os novos concursados da Guarda Municipal assumirão seus postos, substituindo os seguranças contratados pela prefeitura da capital.
Geraldo Amorim antecipou que representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça, virão a João Pessoa na próxima terça-feira para avaliar a grade curricular da última etapa do curso de formação, que prevê o treinamento com armas de fogo, dentre outras táticas de segurança, bem como definir o local onde deverá ser realizado o curso.
“Já cumprimos todas as exigências necessárias para a realização do curso. Agora é esperar a aprovação pela Senasp para que possamos iniciar o quanto antes o treinamento”, garantiu.
Apesar do treinamento, o secretário municipal da segurança urbana revelou que provavelmente os servidores da guarda municipal não devam usar, imediatamente, armas no exercício de suas funções. “Atualmente, a guarda municipal tem 50 armas, mas eles não as utilizam por falta de treinamento. Vamos capacitar o pessoal e aguardar a determinação do prefeito sobre a utilização ou não pelos servidores”, afirmou.
A troca de farpas entre Renato Martins e Geraldo Amorim tem se estendido desde a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal, no último dia 19, que contou com a participação dos candidatos que reivindicam a publicação de um cronograma oficial com datas para as próximas fases do concurso.
Os candidatos lamentaram que desde novembro, quando saiu a classificação com os aprovados na primeira fase, não obtiveram mais respostas.
“Até hoje, o que temos são informações desencontradas. Queremos que a prefeitura se sensibilize com nossa situação. Não queremos briga ou confusão, queremos trabalhar”, disse Pierre Amorim, um dos aprovados que participou da audiência.
