Romero veta salário de R$ 12 mil

Romero anunciou que vai vetar a emenda aprovada pela CMCG que reajustou de R$ 11.200,00 para R$ 12.025,22 os salários dos secretários.

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, anunciou que vai vetar a emenda aprovada pela Câmara Municipal que reajustou de R$ 11.200,00 para R$ 12.025,22 os salários dos secretários, retroativo a primeiro de março. O anúncio foi feito durante reunião com a bancada governista na noite de segunda-feira.

Segundo o prefeito, a emenda é inconstitucional, pois a Câmara não pode apresentar emenda criando despesas. Além disso, Romero alegou que a prefeitura não tem lastro financeiro para subsidiar o reajuste. O presidente da Câmara, Nelson Gomes Filho (PRP), disse que os vereadores só vão se posicionar após o Legislativo receber o veto do prefeito.

O projeto original enviado por Romero fixou os salários dos secretários municipais e presidentes de autarquias em R$ 11.200,00, o que representa um reajuste de 53% em relação ao vencimento atual que é de R$ 7.297,28. Por sua vez, o subsídio do secretário adjunto passou de R$ 3.339,00 para R$ 6.500,00, um aumento de 39%.

Os reajustes vão provocar um impacto financeiro de R$ 1 milhão por ano na folha da PMCG. Antes, o Legislativo já tinha reajustado o salário do prefeito para R$ 20 mil e o do vice-prefeito para R$ 12.025,22, este igual ao de um vereador.

Além dos 13 secretários titulares, serão contemplados com o reajuste o procurador-geral do Município, o superintendente da STTP e os presidentes da Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico (AMDE) e Empresa Municipal de Urbanização da Borborema (Urbema).

Quanto aos secretários adjuntos, só foram nomeados sete pelo prefeito Romero Rodrigues, além do procurador-geral adjunto.

O artigo 3º do projeto ainda estabelece que a remuneração dos secretários será revista anualmente e na mesma da base dos servidores públicos municipais, “objetivando proteger os subsídios contra a corrosão inflacionária”.