Ex-secretário silencia durante sessão da CPI do Tesoureiro

Júlio César Cabral, ex-secretário de Finanças,  conseguiu um habeas corpus preventivo e ficou calado em depoimento.

O primeiro depoimento na CPI do Tesoureiro deu ‘chabu’. A juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, Giovanna Lisboa, concedeu habeas corpus preventivo em favor do ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Campina Grande Júlio César Cabral. A decisão garantiu ao ex-gestor o direito “de ficar calado ou silenciar”, bem como “de não se autoincriminar”. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, João Dantas (PSD), anunciou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado para anular a decisão. Em entrevista, Júlio César disse que a CPI é um palanque político.

Convocado para depor, ele foi até o gabinete de João Dantas onde pegou cópias dos autos da CPI, a fim de verificar se era alvo de denúncias, por meio de documentos. Após ler a documentação, Júlio César decidiu impetrar um habeas corpus preventivo para assegurar o direito de ficar calado, tendo o pedido acatado pela Justiça. “O presidente da CPI me passou somente atas de criação, ofício de convocação, então nada que merecesse algumas respostas de minha parte”, explicou Júlio César, que não respondeu às indagações de Dantas e do relator Alexandre do Sindicato (Pros).

Na entrevista coletiva, o ex-secretário ressaltou que Campina Grande conhece sua história, desde o período em que foi diretor-técnico e presidente da antiga Celb (Companhia de Eletricidade da Borborema),que depois foi privatizada, e na pasta de Finanças, na gestão do então prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) entre 2009 e 2012. “Eu tenho uma conduta de honestidade, um nome a zelar e não posso me submeter a palanques políticos”, afirmou Júlio, em referência à CPI. Ele ainda comentou que foram aprovadas as contas de sua secretaria.