Reitor da UEPB protocola pedido de audiência ao governo

Em meio a uma greve dos professores, que estão acampados no prédio da UEPB, reitor Rangel Junior busca audiência junto a auxiliares do governo do Estado  

O reitor da UEPB, Rangel Junior, solicitou aos secretários de Planejamento, Orçamento, Gestão e Finanças; Ciência e Tecnologia; e Administração, além do chefe do Gabinete do Governador, agendamento de audiência para apresentação do relatório de gestão 2015 e planos para o futuro da Universidade, em consonância com o planejamento estratégico do Estado da Paraíba.

Os ofícios foram encaminhados na última quinta-feira (29) e, conforme destacou o reitor Rangel Junior, a iniciativa tem o objetivo de apresentar a todas as Secretarias que tenham relação com a Universidade o relatório de gestão não somente para prestar contas, mas para criar uma simbiose entre as ações do governo e as ações da Universidade, de modo que os secretários conheçam ainda mais as políticas que são desenvolvidas dentro da Instituição.

“Conhecendo aquilo que a Universidade desenvolve, os secretários poderão sintonizar as ações do conjunto do governo com as ações da UEPB. Ou seja, a Universidade precisa ser vista pelo conjunto de gestores do governo como mais uma estrutura do Estado e, logicamente, do governo, apesar de ela não pertencer a estrutura direta do governo, por ser uma autarquia especial. Mas ela precisa atuar em sintonia também com as políticas do governo. O nosso objetivo com a proposta de audiência é criar um ambiente de diálogo permanente, de sintonia com as diversas Secretarias de governo acerca do que a UEPB está fazendo e pretende fazer”, afirmou o reitor.

A UEPB enfrenta uma greve dos professores. Na última terça-feira (27), o reitor Rangel Junior foi impedido pelo comando de greve de cumprir suas atividades. Os grevistas, acampados no Gabinete, cobraram do reitor a implantação do reajuste salarial. Ele disse que não tem como atender a reivindicação, já que a decisão depende do governador Ricardo Coutinho. "A Universidade tem que voltar a normalidade. Não tem como ir além do que já está definido. Tudo o que os professores reivindicaram à Reitoria foi atendido. Resta apenas a questão salarial, que não é competência da Reitoria. E se não é de competência da Reitoria, por que então ocupar o Gabinete e impedir o reitor de trabalhar? Acho que é um equívoco e espero que eles revejam e corrijam esse equívoco”, destacou.