O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de uma investigação contra o ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU) e contra o seu irmão, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). O arquivamento foi a pedido do Ministério Público Federal.
Em julho de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF o prosseguimento de uma investigação, que visava apurar denúncia de suposto crime eleitoral durante a campanha de 2012 na Paraíba.
De acordo com notícia divulgada pela Folha de São Paulo, que teve acesso ao processo, Vitalzinho era acusado de comandar uma reunião com 150 servidores da Prefeitura de Campina Grande, na qual teria sido pedido "empenho" de um grupo de 150 servidores municipais na campanha da aliada da família Rego, Tatiana Medeiros, para que seus empregos fossem preservados.
A investigação começou ainda durante a campanha eleitoral de 2012, quando a Justiça Eleitoral recebeu um email do funcionário público Josimar Reis de Mendonça, que também foi chamado à reunião mas se recusou a comparecer. Ele disse à PF que "a reunião tinha como objetivo pressionar os funcionários da prefeitura de Campina Grande, principalmente os terceirizados, a votarem na candidata Tatiana".
Em nota enviada à Folha, o ministro afirmou que não tinha conhecimento sobre o inquérito nem "nunca" havia sido "instado a prestar quaisquer esclarecimentos relacionados" ao assunto.
Em despacho proferido na quarta-feira (17), o ministro Gilmar Mendes mandou arquivar o caso, "acolhendo a manifestação do Procurador Geral da República (PGR)".
