Tracional: bancada paraibana tem histórico de infidelidade

Enquanto alguns mantém posicionamento único, independente do teor da matéria, outros têm postura flexível. 

Tradicionalmente a votação de matérias propostas pelo governo federal tem dividido a bancada paraibana. Enquanto alguns mantém posicionamento único, independente do teor da matéria, outros têm postura flexível. Analisando o posicionamento da bancada diante de algumas medidas do pacote de ajuste fiscal enviado pela presidente Dilma Rousseff (PT) ao Congresso Nacional, a maior parte da bancada paraibana foi favorável, inclusive a propostas impopulares. 
 
Em todas as matérias analisadas, Benjamin Maranhão (SDD) e Efraim Filho (DEM) se mantiveram na oposição e votaram contra os projetos do governo federal. Já Damião Feliciano (PDT), apesar de integrar a base que dá sustentação política à presidente Dilma Rousseff, chegou a votar contra projetos que faziam parte do pacote de medidas relativas ao ajuste fiscal. O maior número de votos contrários dos paraibanos foi registrado nos projetos mais polêmicos. 
 
Na Medida Provisória 664/14, proposta pela presidente para alterar as regras para concessão de pensão por morte, Damião Feliciano e Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) votaram contra,  acompanhados por Benjamin Maranhão, Efraim Filho e Pedro Cunha Lima (PSDB). A proposta foi aprovada com modificações sugeridas pelos parlamentares. Pela nova regra, os cônjuges só poderão requerer pensão por morte do companheiro se o tempo de união estável ou casamento for de mais de dois anos e o segurado tiver contribuído para o INSS por, no mínimo, um ano e meio. 
 
Após alterações no cenário nacional, o posicionamento de alguns parlamentares paraibanos em relação ao governo federal também mudou. Até o último dia 18 a maioria dos deputados que integram a bancada federal paraibana defendia o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Seis deputados já anteciparam o voto favorável ao impeachment. 
 
No Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB), José Maranhão (PMDB) e Raimundo Lira (PMDB) sinalizaram que são  pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na Câmara Federal, além da oposição, Manoel Júnior vai votar contra Dilma. 
 
Contrário ao impeachment se posicionaram os deputados federais Luiz Couto, Wilson Filho, Aguinaldo Ribeiro e Damião Feliciano. Por sua vez, os deputados Rômulo Gouveia e Veneziano Vital do Rêgo ainda não tinham definido como vão votar.