Reitor da UEPB e vice tomam posse e prometem reduzir estrutura funcional

Rangel Júnior e Flávio Romero vão ser empossados nesta quinta no Museu de Arte.    

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) realiza nesta quinta-feira (15), a partir das 10h, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), localizado no bairro do Catolé, em Campina Grande, a solenidade de recondução do professor Rangel Junior ao cargo de reitor e posse do professor Flávio Romero como vice-reitor da Instituição para o quadriênio 2016/2020. Os professores venceram a consulta prévia realizada em maio deste ano, com 60,69% dos votos válidos entre todas as categorias (estudantes, docentes e técnicos administrativos).

Após ser nomeado, o reitor Rangel Junior falou sobre os desafios do novo mandato, elencando o aprofundamento da relação de comprometimento da Universidade com a sociedade, bem como a reestruturação do modelo administrativo da Instituição, como as vertentes fundamentais do mandato que se inicia nesta terça-feira.

“Na condição de gestor comecei com muita dificuldade e agora que termina uma gestão para começar outra, eu diria que estamos no epicentro de uma crise política e econômica que deve piorar no país. Os desafios que se colocam à frente são muito grandes no que se coloca nesse sentido, mas estamos mais preparados para isso e a Instituição mais amadurecida”, disse.

Para Rangel, “a crise exige que se busque resposta dentro dela, não dá para repetir gestos, como se tudo estivesse normal. Estamos entrando para um novo mandato e, portanto, os desafios que são apresentados também são novos pela natureza da conjuntura e não podemos dar as mesmas velhas respostas. Novos desafios exigem também novas respostas, medidas diferenciadas, exigem que nós tenhamos um esforço redobrado do ponto de vista da inteligência institucional, para de forma criativa encontrar as soluções para os problemas que vão se apresentar. Uma linha é a reestruturação administrativa que modernize a Instituição, melhore a relação interna de trabalho, o fluxo de processos, a despesa, que otimize a questão das vagas ofertadas. Ou seja, de alguma maneira a Universidade precisa se ajustar à crise, mais ainda do que está agora”.

Funcional

Conforme o reitor, “não dá para achar que está tudo bem e continuar fazendo tudo do mesmo jeito e isso é uma questão que para nós está muito clara. Precisamos melhorar o funcionamento das coisas, reduzir estruturas talvez. Vinha trabalhando com isso o ano inteiro, trabalhamos isso durante a campanha e vamos em janeiro apresentar a proposta para debate no Conselho Universitário, que envolve alterações estatutárias, ajustes no modelo de funcionamento do organograma funcional”.

Com relação ao comprometimento da Universidade com a sociedade, Rangel destacou que é fundamental “a Instituição focar e agir cada vez mais na qualidade da formação dos jovens que vêm para a Universidade, buscar condições para a extensão universitária ser reflexo daquilo que construímos também na pesquisa e no ensino, que ela possa servir de ponte de fato entre a Universidade e a sociedade com serviços de qualidade, com uma socialização do saber, através de ações diretas, com serviços prestados em Saúde e também através da Cultura, onde a gente tem um forte trabalho. Na pesquisa, queremos melhorar qualificando nosso quadro de pesquisadores, para um retorno maior à sociedade, com impacto social das nossas pesquisas e elas sendo melhores qualificadas e referendadas socialmente”.

Rangel também falou sobre melhorar o acesso à informação na Instituição. “A gente já aprendeu muito, mas vamos ampliar nossa ação na comunicação pública, com a publicização de atos da Universidade na tentativa de criar uma radicalidade no sentido da transparência pública. Vamos melhorar a comunicação com a sociedade e criar instrumentos de controle social sobre aquilo que é feito na Universidade. De alguma maneira pretendemos deixar essa herança institucional, uma cultura administrativa mais sintonizada com o tempo. Uma cultura política de relacionamento democrático, de um aprendizado democrático de todos os setores da Universidade. Ao tentar construir uma nova cultura nesse sentido, estaremos deixando um legado de uma cultura institucional que venha a rever e modificar hábitos”, concluiu o reitor.