Ex-presidente tem prisão decretada por suspeita de receber propina da Odebrecht

 Ex-presidente  peruano, Alejandro Toledo, é suspeito de receber cerca de US$ 20 milhões em propina.

O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, teve a sua prisão decretada, nesta sexta-feira (10), pela Justiça peruana. A prisão foi solicitada pelo Ministério Público no âmbito das incestigações sobre propina paga ao governo do país pela construtora brasileira Odebrecht.

Toledo é acusado por tráfico de influência e por lavagem de dinheiro, sendo suspeito de ter recebido propinas, durante o seu governo entre 2001 e 2006, de cerca de US$ 20 milhões. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo juiz Richard Concepción após pedido do promotor anticorrupção Hamilton Castro.
 
De acordo com a decisão judicial, há "provas que respaldam com alto grau de confiança" que o ex-mandatário tenha usado seu cargo para benefício próprio. O ex-diretor da Odebrecht, Jorge Barata, já havia confirmado tanto para a Justiça brasileira quanto para a peruana que Toledo recebeu milhões de dólares em propina para a construção da Estrada do Pacífico, que liga os dois países.
 
Atualmente, o ex-presidente, que nega as acusações e diz ser vítima de perseguição política, está em Paris. De acordo com a família, ele voltará ao Peru apenas se as condições de segurança forem mantidas. Toledo vive atualmente nos Estados Unidos, onde onde dá aulas na Universidade de Stanford.
 
Oferta de Recompensa
 
O Peru oferece uma recompensa de US$ 30.000,00 a quem oferecer informações sobre o paradeiro do ex-presidente. O ministro peruando do Interior, Carlos Basombrío, pediu à Interpol que haja com a maior rapidez o possível e que pagará a recompensa a quem ajudar onde quer que estaja. "A recompensa será paga em qualquer país do mundo", afirma.