Comissão buscará solução para caos no Arlinda Marques, diz deputado

Grupo de deputados e membros da sociedade civil farão visita de inspeção.

Comissão buscará solução para caos no Arlinda Marques, diz deputadoUma comissão será formalizada pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para tentar encontrar soluções e resolver o caos identificado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) no Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (4) pelo deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), líder da oposição na Casa de Epitácio Pessoa.

O parlamentar promete apresentar a proposta de formação da comissão na sessão ordinária da próxima terça-feira (9). Segundo Tovar, serão convidados para compor o grupo os deputados de oposição e situação na ALPB, representantes do Governo do Estado, do próprio CRM, de entidades ligadas à saúde e membros da sociedade civil organizada. Além disso, uma visita in loco de inspeção deverá ser realizada ao Hospital Arlinda Marques.

“A Assembleia Legislativa precisa tomar uma posição, pois, as fotos obtidas e o que está acontecendo no interior do Hospital são chocantes. Nós precisamos ter respeito com as crianças, com os populares de nossa terra, enfim. A nossa ideia é fazer uma visita e depois organizar uma comissão para procurar algumas soluções, que não serão fáceis de serem apresentadas. Agora, no mínino, precisamos ter por parte do Governo do Estado gestos de humanidade e de responsabilidade para tentar superar essa situação”, comentou Tovar.

O Hospital Infantil Arlinda Marques foi alvo de fiscalização na quarta-feira (3) por parte do Conselho Regional de Medicina (CRM), que identificou uma série de irregularidades. Entre elas, a superlotação de pacientes, com crianças ocupando todos os setores e corredores, inclusive, com algumas, dormindo no chão por falta de leito; demora em encontrar vaga para novas internações; e risco de agressão a médicos e profissionais de assistência, como enfermeiros e técnicos.

A situação foi denunciada pelo CRM às Promotorias da Criança e do Adolescente, da Saúde e do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e ao Ministério Público Federal (MPF). O órgão também solicitou sequestro financeiro para que as crianças pudessem ser transferidas temporariamente para a rede privada.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) acusou o fechamento de mais de 500 leitos pediátricos em vários municípios da Paraíba, como causa principal para a superlotação do Arlinda Marques. Além disso, alegou que o problema é agravado porque pacientes com doenças ambulatoriais, a exemplo de resfriados e viroses, que poderiam ser atendidas em Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e Postos de Saúde da Família (PSFs), recorrem ao hospital, que é especializado em atendimentos de alta complexidade