16 entidades filantrópicas ficam sem receber recursos da PMCG

Projeto beneficia 13 entidades, que estavam sem receber as subvenções desde o início do ano.

16 entidades filantrópicas ficam sem receber recursos da PMCGA Câmara Municipal de Campina Grande aprovou na sessão desta quarta-feira (27) um projeto de autoria do Poder Executivo que concede ajuda financeira para algumas entidades filantrópicas da cidade. O projeto beneficia 13 entidades, que estavam sem receber as subvenções desde o início do ano e mesmo com a aprovação do projeto não vão receber retroativo ao período de fevereiro a julho. Outras 16 instituições ficaram de fora da proposta aprovada.

Foram beneficiadas as instituições Coordenação do Clube de Mães (R$ 2.000,00), Instituto São Vicente de Paulo (R$ 5.000,00), Associação de pais e Amigos dos Excepcionais – Apae (R$ 8.000,00), Centro de Recuperação Homens de Cristo (R$ 3.500,00), Casa do Menino (R$ 5.000,00), Grupo de Apoio a Vida – GAV (R$ 1.500,00), Instituto dos Cegos (R$ 5.000,00), Casa da Criança Dr João Moura (R$ 6.000,00), Casa Padre Ibiapina (R$ 1.000,00), Associação dos Portadores de Câncer Esperança e Vida (R$ 3.000,00), Grupo das Voluntárias (R$ 8,500,00), Instituto Social O resgate (R$ 1.500,00), Rede feminina de Combate ao Câncer (R$ 4.000,00).

O projeto foi votado e aprovado sob protestos do vereador oposicionista Anderson Maia (PSB), que alegou a falta de critérios estabelecidos no projeto para escolha das entidades beneficiadas, como também a falta de diálogo com as instituições que foram deixadas de fora e quebra de acordo que previa a votação somente após uma visita às instituições. “Foi votado de forma arbitrária. Ano passado 29 entidades receberam as subvenções e agora, 2017 que não é ano de eleição, 16 foram cortadas”, disse Anderson.

Foram apresentadas quatro emendas, entre elas uma de autoria do vereador Olimpio Oliveira (PMDB), que assegurava o repasse de R$ 5 mil para o Instituto Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), que é responsável por pesquisas sobre a Microcefalia em Campina Grande, mas todas foram rejeitadas. Nas redes sociais, a médica e pesquisadora, Adriana Melo, pioneira na descoberta da ligação entre o Zika vírus e microcefalia em crianças, lamentou a decisão ressaltando que o auxílio ao Instituto, que foi rejeitado pelos parlamentares, seria muito mais importante que qualquer homenagem que a Câmara se propôs a fazer a ela.

O vice-líder do governo na Câmara, vereador Alexandre do Sindicato (PHS) explicou que havia um acordo para que esse projeto fosse votado para não prejudicar as entidades que estão sem receber os recursos e uma nova proposta complementar seria apresentada posteriormente contemplando outros instituições. “A Câmara não votou contra entidade alguma, pelo contrário votamos um projeto do Executivo, que beneficia entidades”, afirmou. Sobre e emenda rejeitada o vereador João Dantas (PSD), líder do Governo, disse que a proposta não foi aprovada porque era inconstitucional, pois gerava despesas ao Executivo, o que é vetado por lei.