Câmara Municipal de Bayeux decide por não cassação de Berg Lima

A sessão começou durante a manhã da sexta-feira (29), mas só foi concluída na madrugada desse sábado (30).

Câmara Municipal de Bayeux decide por não cassação de Berg Lima

A denúncia contra o prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, foi considerada improcedente pela Câmara Municipal da cidade. A sessão que decidiu pela não cassação do mandato começou no fim da manhã da sexta-feira (29) e se estendeu até às 2h30 da madrugada desse sábado (30). Após a averiguação de documentos e gravações com depoimentos de testemunhas e do próprio Berg Lima, dez vereadores votaram a favor do prefeito, seguindo o parecer da relatora. Outros sete votaram a favor da cassação.

Marcada para 8h30, a sessão para votar a cassação do prefeito afastado começou com quase duas horas de atraso. Pouco antes do começo, foi registrado um grande tumulto, com manifestantes tentando invadir o prédio da Câmara Municipal. Eles também chegaram a interromper o trânsito. A Polícia Militar precisou atirar para cima para conter a confusão.

A cassação só poderia acontecer com o voto da maioria qualificada dos vereadores. No caso de Berg Lima, seria preciso 12 votos para a sua cassação. O legislativo de Bayeux tem 17 integrantes, o que quer dizer que se Berg conseguisse seis votos a seu favor, já escaparia de perder o mandato.

Sessão foi transmitida ao vivo

https://www.youtube.com/watch?v=yL-qopWVA6U

Considerado inocente pela Comissão

Na última quarta-feira (27), a Comissão Processante já tinha opinado pelo arquivamento da acusação contra Berg Lima. Os vereadores entederam que o empresário entrou em contradição quando foi ouvido e não conseguiu provar as acusações contra Berg Lima.

Acusações

O prefeito era acusado de quebra de decoro, por supostamente ter recebido propina de um empresário da cidade, em um conversa que foi gravada e monitorada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e resultou na prisão do gestor, no mês de julho. O empresário José Paulino de Assis era fornecedor da administração municipal e teria entregue o dinheiro para que o prefeito liberasse um pagamento. A defesa de Berg diz que o dinheiro era fruto de um empréstimo.