Presidente da CCJ é contra impeachment de João e Lígia e não vê crime de responsabilidade

Em entrevista à Rádio CBN, Pollyanna Dutra disse que “não tem como cometer injustiças contra quem está governando”

Presidente da CCJ é contra impeachment de João e Lígia e não vê crime de responsabilidade
Foto: Arquivo Jornal da Paraíba

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputada Pollyanna Dutra (PSB), falou pela primeira vez nesta terça-feira (11) sobre o pedido de impeachment do governador João Azevêdo (Cidadania) e da vice, Lígia Feliciano (PDT), feito por deputados de oposição na semana passada. Ela disse que é contra a medida e não vê indícios de que tenham sido praticados crimes de responsabilidade.
“Sou contra o impeachment. Quem ganha tem que governar. Parece que a matéria não interessa à Assembleia porque é mais política. Aqui não é o fórum que a gente possa julgar atos políticos, antes da gestão dele”, argumentou a deputada, acrescentando que cabe à ‘Casa’ julgar a prática de crime de responsabilidade por parte do Executivo.
“A gente não tem como cometer injustiças contra quem está governando. Não se pode respingar e cometer um ato injusto, já que não há crime de responsabilidade”, complementou a deputada, durante entrevista à Rádio CBN.
Por outro lado, Pollyanna voltou a defender uma melhor interlocução entre o Governo e os deputados da ‘Casa’ e evitou classificar o pedido feito pelos oposicionistas de golpe. “Golpe é uma palavra muito forte”, enfatizou, explicando que o pedido será analisado em várias instâncias da Assembleia e poderá ser arquivado antes de ser colocada em Plenário.
O pedido de impeachment
O pedido dos oposicionistas tem por base as revelações feitas no âmbito da Operação Calvário, que investiga fraudes na saúde e educação do Estado. “Pela prática dos crimes de não tonar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais; e proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”, discorre o documento.