Gilberto Kassab: profeta ou maestro da candidatura do PSD em Campina?

Gilberto Kassab: profeta ou maestro da candidatura do PSD em Campina?
Foto: Alan Marques/Folhapress

Quando no início de julho o cenário estava indefinido dentro do grupo governista, em Campina Grande, sobre quem iria encabeçar a chapa nas eleições deste ano, o ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, assegurou: o partido teria candidato próprio na cidade este ano.
Na época a declaração provocou um ‘tsunami’ nas rodas de conversa da política local e, inclusive, foi interpretada como se tivesse “desrespeitado” a liderança e a condução do prefeito Romero Rodrigues – presidente estadual da legenda.
Agora, após a oficialização do nome de Bruno Cunha Lima (PSD) como candidato do grupo, pergunta-se: o ex-ministro profetizou a escolha? Ou naquele momento já atuava como uma espécie de ‘maestro’ nas articulações?
Pelo que se observou no processo que definiu o candidato a palavra final coube, como já se esperava, ao prefeito Romero Rodrigues. Mas Kassab pode ter incorporado um pouco desses dois ofícios nesse percurso. Em alguns instantes profeta, em outros ‘maestro’ da definição.
Profetizando ou influindo no processo ele enxergou o óbvio: para o PSD, ter candidato em Campina significa demarcar terreno para disputas estaduais vindouras. Para entender isso, Kassab nem precisava ser tão profeta.