Jair Bolsonaro um dia vai passar. Hino Nacional sobreviverá a ele. Deixem Fagner cantar no STF!

Jair Bolsonaro um dia vai passar. Hino Nacional sobreviverá a ele. Deixem Fagner cantar no STF!

Vi João Gilberto cantar o Hino Nacional num show no Recife, em 2000.

Paulinho da Viola cantou o Hino Nacional na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Caetano Veloso cantou o Hino nacional na posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF, em 2016.

Agora, vimos Fagner cantar o Hino Nacional na posse do ministro Luiz Fux na presidência do STF.

Li que os dois – o cantor e o ministro – são velhos amigos.

Fagner votou em Jair Bolsonaro para presidente, em 2018.

Fagner disse estar arrependido do voto que deu a Bolsonaro.

Pode estar arrependido ou não, mas o Hino Nacional não tem nada a ver com isso.

O Hino Nacional, aliás, também não tem nada a ver com o presidente Bolsonaro.

A melodia composta por Francisco Manuel da Silva e os versos escritos por Joaquim Osório Duque-Estrada pertencem ao povo brasileiro, independente da cor partidária ou da ideologia de quem está governando o país.

Bolsonaro vai passar.

Do mesmo modo que lá chegou, a extrema direita, um dia, será defenestrada do poder pelo voto popular.

O Hino Nacional sobreviverá.

Continuará emocionando quem sempre se emocionou com ele.

Deixem Fagner cantar o Hino Nacional no STF.

Ele não é um artista mais ou menos decadente por causa disso.

Que bobagem ir para as redes sociais detratá-lo.

Duvido que, nos Estados Unidos, os democratas deixem de cantar o Star Spangled Banner por causa de Donald Trump.