Bolsonaro parabeniza política de preservação ambiental, mas Pantanal registra recorde de incêndios

Presidente discursou durante inauguração de usina solar em Coremas, na Paraíba. “O Brasil está de parabéns da maneira como preserva esse seu meio ambiente”, disse

Bolsonaro parabeniza política de preservação ambiental, mas Pantanal registra recorde de incêndios
Foto: Davson Renato

O presidende Jair Bolsonaro participou hoje da inauguração de uma usina de energia solar na cidade de Coremas, no Sertão paraibano. E defendeu a política de preservação do Meio Ambiente, implementada pelo Governo Federal. Mas os números e os países europeus, que acompanham de perto há décadas a evolução da degradação ambiental no planeta, dizem o contrário.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Pantanal vive o mês de setembro com mais focos de incêndio desde o início da série histórica, em 1998: foram 5.603 focos de calor detectados em apenas 16 dias, contra 5.498 registrados no mês inteiro de setembro em 2007.
Essa semana, inclusive, oito países europeus enviaram uma carta ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, em que dizem que o aumento do desmatamento dificulta a compra de produtos brasileiros por consumidores do continente.

“O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. O Brasil está de parabéns da maneira como preserva esse seu meio ambiente”, argumentou o presidente.

A visita de Bolsonaro hoje ao Estado é a segunda desde que ele foi eleito. A primeira foi em novembro de 2019, em Campina Grande, quando inaugurou o Complexo Aluízio Campos.

Bolsonaro parabeniza política de preservação ambiental, mas Pantanal registra recorde de incêndios
Foto: Davson Renato

Bolsonaro desembarcou no aeroporto de Juazeiro do Norte, no Ceará, e chegou em Coremas de helicóptero por volta das 9h30. O evento começou às 12h e o presidente participou sem máscara, assim como quase todos os presentes no palanque.
Batizada de Complexo Solar de Coremas, a obra inaugurada pelo presidente é de iniciativa do setor privado, numa parceria da empresa dinamarquesa Nordic Power Partners e da desenvolvedora brasileira Rio Alto Energia, mas tem apoio do Ministério de Minas e Energia e financiamento do Banco do Nordeste, do governo federal.