Famup assina carta pedindo o mínimo: que as 'brigas políticas' não dificultem a compra das vacinas

Documento foi elaborado pela CNM e pede que o Governo Federal agilize a compra das vacinas que forem eficazes e seguras contra a covid-19

Famup assina carta pedindo o mínimo: que as 'brigas políticas' não dificultem a compra das vacinas
Foto: Ascom

O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, assinou um documento pedindo o mínimo e óbvio, mas que infelizmente no Brasil dos tempos atuais, precisa ser pedido: que as vacinas contra a covid-19, que forem seguras e eficazes, sejam distribuídas para a população – independente de cor partidária e viés ideológico.
A carta, enviada ao Governo Federal, foi elaborada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), ressalta a necessidade das autoridades evitarem o acirramento entre os entes federados.
“O movimento municipalista brasileiro exige que o governo federal assuma de uma vez por todas sua responsabilidade prevista na legislação, adquirindo, programando e distribuindo insumos e vacinas necessários para o atendimento equânime de toda a população brasileira, evitando, desta forma, o acirramento do conflito federativo”, diz um dos trechos da carta.
Confira o documento na íntegra
NOTA SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) e as entidades estaduais de Municípios signatárias da presente nota vêm requerer ao governo federal que providencie a contratação de todas as vacinas reconhecidas como eficazes e seguras contra a Covid-19 e assuma a responsabilidade pela distribuição para todas as unidades da Federação de forma urgente e equânime, sob coordenação do Ministério da Saúde e via Programa Nacional de Imunização (PNI).
A União tem por dever legal “coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica”, conforme estabelecido no art. 16 da Lei 8.080/1990. Nesse sentido, o Programa Nacional de Imunização há décadas vem sendo responsável pela erradicação de doenças graves, apresentando uma experiência consolidada na realização de campanhas de vacinação. Causa-nos preocupação, portanto, a ausência de um plano nacional em todas as suas dimensões que possibilite a organização dos governos estaduais e locais para o atendimento, considerando ainda a troca de governantes em boa parte dos Municípios brasileiros.
O Sistema Único de Saúde (SUS), suas respectivas ações e serviços constituem uma política de estado que tem como princípio fundante o acesso universal e igualitário para promoção, proteção e recuperação da saúde.
Assim, a ação de vacinação contra a Covid-19 no âmbito do SUS deve estar focada na homogeneidade da cobertura vacinal, sob pena de risco ao sucesso da campanha nos patamares de cobertura necessários à retomada da vida cotidiana que tanto a sociedade brasileira aguarda.
Além de eficaz, a homogeneidade na cobertura irá conferir efetividade ao princípio da dignidade da pessoa humana, afinal, independentemente do estado-membro de residência, todo brasileiro deve ter sua dignidade e seu direito à vida respeitados e colocados em primeiro lugar pelas autoridades.
O movimento municipalista brasileiro exige que o governo federal assuma de uma vez por todas sua responsabilidade prevista na legislação, adquirindo, programando e distribuindo insumos e vacinas necessários para o atendimento equânime de toda a população brasileira, evitando, desta forma, o acirramento do conflito federativo.