Apontada pela imprensa nacional como participante de uma reunião do “gabinete paralelo”, investigado pela CPI da Covid, a médica campinense Annelise Meneguesso (PSL) ainda não recebeu nenhuma notificação para prestar esclarecimento à comissão do Congresso Nacional. Mas adiantou que não tem receio da possibilidade de ser convocada.
Annelise é suplente no Conselho Federal de Medicina (CFM) e participou, em agosto do ano passado, de uma audiência pública com o movimento ‘Médicos pela Vida’, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
O evento é interpretado por senadores da CPI como um dos encontros de um ‘gabinete paralelo’, que aconselharia a Presidência durante a pandemia.
Ao blog ela disse que defendeu, em seu pronunciamento, “a autonomia médica”.
“Eu não estava lá como conselheira do CFM. Eu estava como médica. Era uma audiência pública, pré-agendada. Se eu for convocada pela CPI, irei com maior prazer porque tenho clareza que nunca fiz nada errado”, assinalou.
“Meu inimigo é o vírus. Sempre fui defensora da vacinação”, completou Annelise.
A médica foi candidata à vice-prefeita de Campina Grande ano passado, na chapa encabeçada pelo empresário Artur Bolinha (PSL). Na época pediu afastamento do CFM, mas depois retornou à entidade.
Conhecida por posicionamentos firmes, a médica diz estar pronta para o embate – caso seja convocada para o ‘front’.
É assustador e ao mesmo tempo vergonhoso, ver “um profissional médico” que estuda para salvar vidas, se unir a um governo genocida, que caminha contra a ciência, que debocha de mortos, que prega contra vacinas e, ainda, se dizer “tranquila” e “pronta para o embate”! Parece que de nada valeu o curso superior de medicina…