Morte de Marco Maciel faz lembrar que só com a direita “transante” será possível tirar Bolsonaro do poder

Morte de Marco Maciel faz lembrar que só com a direita "transante" será possível tirar Bolsonaro do poder

Marco Maciel morreu neste sábado (12).

Tinha 80 anos e sofria do Mal de Alzheimer desde 2014.

Sua trajetória política nós conhecemos bem.

Foi deputado, governador de Pernambuco (o últimos dos nomeados pela ditadura), senador, ministro e vice nos dois mandatos do presidente de Fernando Henrique Cardoso.

Sabia bem quais eram as atribuições do vice e foi rigorosamente fiel a elas. Não era um conspirador.

Era um homem de direita. Uma direita que todos os países têm e que faz parte do jogo político das nossas democracias.

Em 1994, fui duramente criticado por amigos de esquerda porque votei num candidato à presidência – Fernando Henrique Cardoso – que tinha Marco Maciel como vice.

Os mesmos que não disseram nada, em 2002, quando votei num candidato – Lula – que tinha José Alencar como vice.

A morte de Marco Maciel me remeteu a uma expressão e à necessidade de reafirmar algo que muitos estão dizendo, cada qual ao seu modo

A expressão, cuja origem não conheço ao certo: direita “transante”. É autoexplicativa. Aquela direita com a qual podemos transar.

Marco Maciel era da direita “transante”.

A reafirmação: para tirar o presidente Jair Bolsonaro do poder através do voto, nas eleições de 2022, a democracia brasileira só o fará num jogo político do qual participe a direita “transante”.

Se não for assim, poderemos ter Bolsonaro num segundo mandato.

Não nos iludamos.