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POLÍTICA

Após decisão de Barroso, amigos de Temer presos na Operação Skala são soltos

Ministro atendeu pedido de revogação das prisões feito por Raquel Dodge.

Publicado em 01/04/2018 às 11:17 | Atualizado em 01/04/2018 às 16:11


                                        
                                            Após decisão de Barroso, amigos de Temer presos na Operação Skala são soltos
BRA203. SAO PAULO (BRASIL), 29/03/2018.- El exministro Wagner Rossi (c) es abordado por periodistas a su llegada en calidad de detenido a la sede de la Policía Federal hoy, jueves 29 de marzo de 2018, en Sao Paulo (Brasil). La Policía detuvo hoy a tres personas del entorno más próximo del presidente de Brasil, Michel Temer, en el marco de una investigación que indaga si el jefe de Estado firmó un decreto para beneficiar a una empresa portuaria a cambio de sobornos. EFE/Sebastião Moreira. EFE/Sebastião Moreira

Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, os presos temporários alvos da Operação Skala, da Polícia Federal, foram soltos e poderão passar a Páscoa em casa. A informação foi confirmada pela Superinterdência Regional da PF em São Paulo, onde se encontrava a maior parte dos presos.

Na Operação, que ocorreu na quinta-feira (29), foram presas temporariamente dez pessoas, lista que inclui o ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco; a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário; e o coronel João Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer. As medidas foram determinadas pelo próprio Barroso, que é relator do chamado Inquérito dos Portos, no STF.

Na noite de sábado (31), Barroso acolheu o pedido da procuradora-geral da República(PGR), Raquel Dodge, de revogação das prisões, feito horas antes. Segunda ela, as medidas cumpriram o objetivo legal. A PGR destacou que foram feitas as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.

As prisões foram determinadas no âmbito do inquérito que apura possíveis irregularidades na edição do Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado, e que apura o suposto favorecimento a empresas do ramo portuário.

“Desse modo, tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas, impondo-se o acolhimento da manifestação da Procuradoria-Geral da República”, escreve Barroso em sua decisão.

Páscoa

Na manhã de deste domingo (1º), pelo Twitter, o presidente Michel Temer pediu união. "Páscoa é passagem para uma nova vida. É o que está acontecendo no Brasil hoje. Saímos da pior recessão de nossa história e estamos oferecendo ao brasileiro um País revigorado. Precisamos, agora, com o espírito da Páscoa, pacificar e reunificar a nossa gente. Feliz Páscoa!"

Foi a primeira manifestação do presidente depois que, na sexta-feira (30), a Presidência da República divulgou nota para rebater a acusação de que o presidente Michel Temer teria agido para beneficiar amigos empresários na edição do Decreto dos Portos. Após afirmar que o Decreto dos Portos não se aplica ao contrato da Rodrimar, o Palácio do Planalto afirmou, sem citar nomes,  que "tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação".

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Jhonathan Oliveira

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