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POLÍTICA

Câmara de Cabedelo abre cassação de 10 vereadores da 'Xeque-Mate'

São alvos vereadores presos ou afastados dos cargos por conta da operação.

Publicado em 24/04/2019 às 10:25 | Atualizado em 25/04/2019 às 7:51


                                        
                                            Câmara de Cabedelo abre cassação de 10 vereadores da 'Xeque-Mate'

Mais de um ano após a deflagração da Operação Xeque-Mate, a Câmara Municipal de Cabedelo abriu processo de cassação dos 10 vereadores que foram presos ou afastados do cargo por conta das investigações do esquema de corrupção na cidade. Os processos contra os parlamentares foram encaminhados ao Conselho de Ética da Câmara pela presidente da Casa, Graça Rezende (MDB), na terça-feira (23). Os vereadores vão ser investigados por quebra de decoro.

Os alvos das representações na Câmara são os vereadores Jacqueline Monteiro Franca (PRP), ex-primeira-dama da cidade; Lúcio José do Nascimento Araújo (PRP), que era presidente da Câmara; Tércio de Figueiredo Dornelas (PSL); Antônio Bezerra do Vale Filho (PRP); e Júnior Datele (PEN), que foram presos na Xeque-Mate. O último foi solto e virou colaborador da investigação.

Também correm risco de cassação Josué Góes (PSDB); Belmiro Mamede (PRP); Rogério Santiago (PRP); Rosivaldo Galan (PRP) e Moacir Dantas (PP). Estes foram afastados do cargo com a deflagração da Xeque-Mate.

O conselho de ética analisa se as representações devem prosseguir ou se elas devem ser arquivadas. Em caso de prosseguimento, elas voltam ao plenário da Câmara, onde a decisão por cassação ou não vai ser tomada. Segundo a Lei Orgânica do Município, para que os vereadores sejam cassados é necessário que dois terços da Câmara votem a favor.

A Xeque-Mate

Iniciada em 3 de abril do ano passado, além dos vereadores a Xeque-Mate também prendeu o então prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP). O grupo criminoso, segundo a investigação da Polícia Federal e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), se instalou a partir da compra do mandato do prefeito eleito em 2012, José Maria de Lucena Filho, o Luceninha.

A partir da entrada de Leto na prefeitura, os integrantes do grupo teriam passado a praticar uma série de crimes,como desvio de recursos públicos através da indicação de servidores ‘fantasmas’; corrupção ativa e passiva; fraudes a licitações; lavagem de dinheiro; avaliações fraudulentas de imóveis públicos e recebimento de propina para aprovação ou rejeição de projetos legislativos. Na 1ª fase da operação, 26 pessoas foram denunciadas ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).

Imagem

Jhonathan Oliveira

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