POLÍTICA
Câmara de Cabedelo marca data para julgar cassação dos direitos políticos de Leto Viana
Processo de cassação foi aberto após os desdobramentos da Operação Xeque-Mate.
Publicado em 07/11/2018 às 17:41
A Câmara de Cabedelo anunciou nesta quarta-feira (7) a realização de uma sessão extraordinária para julgamento do processo de cassação dos direitos políticos do ex-prefeito Leto Viana por infração político-administrativa. Uma comissão de impeachment vinha analisando o caso de Viana na Câmara após os desdobramentos da Operação Xeque-Mate.
A sessão foi convocada para o dia 14 deste mês, às 10 horas da manhã, no Plenário Luiz Góes. A comissão processante é composta pelos vereadores Evilásio Cavalcanti (MDB), Benone Bernardo (PRP) e Jonas Pequeno (PSDB) e foi instaurada em sessão no dia 24 de maio deste. Os trabalhos da comissão foram finalizados com a entrega do processo na secretaria legislativa da Câmara Municipal de Cabedelo.
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No dia 16 de outubro, Leto Viana, que está afastado e preso desde abril deste ano, renunciou ao cargo. Após a renúncia, o TSE anunciou novas eleições para a escolha do prefeito de Cabedelo, convocadas para o dia 9 de dezembro.
Operação Xeque-Mate
A Operação Xeque-mate foi deflagrada no dia 3 de abril de 2018 pelo Departamento de Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Estado da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), a partir de uma colaboração premiada de Lucas Santino. A investigação concluiu pela existência de uma organização criminosa na qual agentes políticos e servidores públicos do município de Cabedelo estariam envolvidos. O esquema funcionava na prefeitura e na Câmara Municipal da cidade.
As irregularidades apontadas pela operação Xeque-Mate teriam ocorrido a partir da suposta compra do mandato do prefeito eleito em 2012, José Maria de Lucena Filho (Luceninha). Ele teria negociado a função pública para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral. O beneficiado com a renúncia do gestor foi o então vice-prefeito, Leto Viana (PRP), que conseguiu ser reeleito em 2016. O caso foi delatado pelo ex-vereador Lucas Santino. Pelo menos dez vereadores da cidade foram afastados do mandato e cinco deles foram presos.
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