POLÍTICA
Cientista não crê em ampliação
Para cientista político, aumento de quotas para 30% não significa que quantidade de mulheres dentro dos parlamentos crescerá na mesma proporção.
Publicado em 29/04/2012 às 17:45
Apesar da expectativa de aumento da representação feminina nas Eleições 2012, o cientista político Ítalo Fittipaldi não acredita que a pressão para que partidos e coligações determinem ao menos 30% para mulheres na sua lista de candidatos deva ampliar o número de representantes do gênero nos parlamentos, mesmo que a maioria tenha força política herdada de algum parente.
Para Fittipaldi, na hora de escolher o candidato, as lideranças vão eleger aqueles que melhor representem o clã do qual fazem parte. “Pode ser um filho, um cunhado, a esposa. A questão familiar ultrapassa a questão de gênero, mas talvez com essa regra as mulheres acabem tendo que ser selecionadas, mesmo que não queiram participar efetivamente do pleito”, comentou o cientista.
A recomendação do procurador federal eleitoral, Yordan Moreira Delgado, é que os partidos e coligações estejam atentos ao percentual de homens e mulheres que serão lançados como candidatos, pois o MPE estará atento às irregularidades desde o registro das candidaturas, sob pena de impugnar as irregulares.
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