POLÍTICA
CNBB discute reforma política e código penal
Conferência discutiu a situação da população indígena e a reformulação do código penal brasileiro.
Publicado em 03/11/2012 às 6:00
A situação dos índios, a reformulação do Código Penal, a necessidade de uma reforma política e a violência no país foram destaques na reunião do Conselho Permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). As informações são da Agência Brasil.
Acompanhado do secretário-geral, dom Leonardo Ulrich Steiner, o presidente da CNBB, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, concedeu entrevista coletiva em que apresentou um balanço dos trabalhos realizados nos três dias do encontro, encerrado ontem em Brasília (DF).
Dom Raymundo disse que vê com preocupação o que tem acontecido com diversas etnias indígenas no pais. "Nós temos acompanhado a questão e acreditamos que é uma injustiça o que estão fazendo com os guaranis kaiowás''.
Para o secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, Leornardo Steiner, o governo não tem feito o suficiente para resolver conflitos envolvendo terras indígenas.
"É decisivo que ele [o governo] se engaje. Não é suficiente o que vem fazendo, em especial com o povo guarani kaiowá. Se os indíos não têm garantia à sua terra, não têm garantida sua sobrevivência."
Outro ponto destacado pelo bispo foi a reforma do Código Penal Brasileiro. Dom Leonardo Steiner acredita que a reforma está caminhando na direção errada e pode resultar em um aumento exagerado da população carcerária.
"Hoje nós temos uma população [em presídios] de cerca de 500 mil pessoas, e as vagas não chegam a 300 mil. Se a proposta for aprovada, nós rapidamente chegaremos a uma população de 700 mil." Ele disse que a CNBB está analisando a proposta discutida na Câmara e no Senado.
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