Pressão 2: Confederação dos Municípios cobra do governo federal vacinação em massa e pede despolitização da pandemia

Por LAERTE CERQUEIRA

Pressão 2: Confederação dos Municípios cobra do governo federal vacinação em massa e pede despolitização da pandemia
Reprodução/TV Anhanguera

Depois de 14 governadores, foi a vez dos prefeitos cobrarem do governo federal vacinação em massa. Em carta divulgada, nesta quinta-feira (04), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e as entidades estaduais de Municípios defenderam a soma de esforços como único caminho para o enfrentamento da crise sanitária, política e econômica.

Apesar de entenderem que a compra e a distribuição de todas as vacinas devem ser feitas pela União, a fim de que se tenha igualdade entre todos os brasileiros, a indefinição em relação ao cumprimento do calendário de distribuição pela União, estados e municípios devem poder adquirir as vacinas, respeitando-se o princípio constitucional de igualdade entre os brasileiros.

“Nesse cenário de vácuo da União e falha do PNI, esse processo pode ser facilitado com a utilização dos 305 consórcios públicos que já atuam na área de saúde e que abrangem 3.612 municípios brasileiros, não sendo necessária e efetiva a criação de novas estruturas para esse fim”, diz o texto.

Segundo a CNM, é hora de despolitizar a pandemia para que todas as lideranças, em quaisquer dos níveis federativos, na sua ação pessoal, sirvam de exemplo, respeitem o distanciamento social, usem máscara e liderem com empatia e sentimento humanitário as suas populações.

Um recado com destinatário certo, o presidente Jair Bolsonaro, que, semana passada, questionou a eficácia da máscara. E, nesta quinta-feira (04), disse que é preciso deixar de “choro”, “frescura”, de “mimimi” (vídeo abaixo), referindo-se às medidas tomadas pelos governadores e prefeitos para conter o avanço da doença no Brasil – que, nos últimos dias, bate recorde em cima de recorde.

“Não cabe uma transferência de responsabilidade – o tradicional “jogo de empurra” – em um momento dramático e sem precedentes como este. É urgente que todos – das três esferas de governo – trabalhem de forma harmônica e colaborativa para que, no menor prazo, seja possível aparelhar os hospitais, contratar leitos de UTI e, fundamentalmente, adquirir as vacinas, caminho único para que se retorne à tão necessária normalidade da vida econômica e social”, registra.

A CNM, como outros atores, até tentam apaziguar, mas Bolsonaro gosta mesmo é de conflito.

Veja o documento abaixo: Nota_Vacinacao_CNM