Presidente da Funesc, Walter Galvão, morre aos 64 anos em João Pessoa

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

Presidente da Funesc, Walter Galvão, morre aos 64 anos em João Pessoa
Foto: arquivo pessoal

Morreu, aos 64 anos, na madrugada desta quarta-feira (7), o jornalista paraibano Walter Galvão. Ele estava internado, há uma semana, em um hospital privado de João Pessoa para tratamento de um câncer nas vias biliares e não resistiu.

De acordo com informações da família, não teve velório, e o corpo foi cremado ainda na manhã desta quarta-feira.

O governador João Azevêdo lamentou a morte do jornalista, que atualmente estava à frente da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Funesc). “Nesse momento de perda, o governador João Azevêdo se solidariza com familiares, amigos e colegas do jornalista e expressa condolências”, declarou.

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, em nome de todos os parlamentares e servidores da Casa de Epitácio Pessoa, também foi um dos que emitiram nota pública para lamentar a morte do jornalista Walter Galvão.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, usou as redes sociais para manifestar sua tristeza pela morte do jornalista. “Recebi com pesar a notícia da morte do grande jornalista Walter Galvão, deixando toda a imprensa, amigos e leitores de luto. Poeta por vocação e paixão, Walter estava atualmente na presidência da Funesc. Meus sentimentos a todos os seus amigos, familiares e leitores”, escreveu.

Ex-prefeita do Conde 

A ex-prefeita de Conde, Márcia Lucena, também lamentou a morte do jornalista, que foi secretário de Comunicação em sua gestão. “Hoje, dia 7 de julho, faz um ano que meu pai, meu mestre, meu guru, morreu. Coincidentemente um outro que também eu chamava de mestre, guru, bateu asas e voou hoje, no mesmo dia 7 de julho… Lá se foi Walter Galvão. Desejo, do fundo do meu coração que sua bagagem, assim como eu sei que foi a do meu pai, seja leve e seu voo seja pleno.Longe de mim, comparar essas duas pessoas tão diferentes! Mas a coincidência me traz muito boas memórias das longas conversas que os dois tinham quando se encontravam. E me traz saudades de um tempo de criatividade, poesia e utopias… Obrigada Galvão! Vá em paz!”, publicou no Facebook.

CMJP

Em nota de pesar, a Câmara Municipal de João Pessoa afirmou que o jornalismo e o serviço público tiveram uma grande perda com a morte do presidente da Fundação Espaço Cultural, Walter Galvão. “Neste momento de dor e tristeza, pedimos que Deus em sua infinita bondade acolha e conforte o coração dos familiares, amigos, e de todos os que sofrem com a partida”, registra o presidente Dinho (Avante).

API

A Associação Paraibana de Imprensa (API), em nota, também lamentou profundamente a morte do jornalista. “Dono de crônicas singulares e um olhar ímpar para o cotidiano, Walter Galvão militou por muito tempo no jornalismo impresso. Ele também se destacou na gestão pública. Atualmente ocupava a presidência da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Funesc). Foi secretário de Comunicação da Prefeitura de Conde e secretário de Educação e de Transparência na Prefeitura de João Pessoa”, registra a nota.

De acordo com a API, com certeza, Walter Galvão deixou seu nome, história e patrimônio intelectual no jornalismo e na sociedade paraibana.

Walter Galvão

Walter Galvão teve uma longa trajetória na imprensa paraibana, desempenhando vários cargos com ética e competência profissional. Na iniciativa privada, exerceu funções de repórter, redator, roteirista, diagramador, editor e diretor de audiovisual.

Entre os cargos que exerceu estão os de editor-geral dos jornais O Norte e Correio da Paraíba, diretor de jornalismo do Sistema Correio de Comunicação, diretor operacional e de programação das rádios Tabajara e Sanhauá. Atualmente ele ocupava a presidência da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Funesc).

Na área pública, atuou, entre outros cargos, como secretário de Educação da Prefeitura de João Pessoa, secretário da Transparência Pública, Ouvidor-Geral do Município (JP), diretor da Funjope, secretário de Comunicação, e secretário-chefe de Gabinete do Município de Conde (PB). Tem vários livros publicados. Também era músico e na juventude atuou como cantor em alguns conjuntos musicais, na década de 1970.

>> SILVIO OSIAS: Walter Galvão me disse que não queria durar. O que ele queria era viver