Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
A possibilidade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ir para o PSD e ser um dos candidatos da 3º via ao Palácio do Planalto pode embaralhar o jogo eleitoral de 2022.
Pacheco tem o espaço privilegiado da presidência do Senado, é inteligente e articulado e entrará na disputa como o nome moderado para quem quer fugir do fla-flu, Bolsonaro-Lula. Se perder, reassume sua vaga como senador por mais quatro anos.
A confirmação do movimento partidário e da pré-candidatura de Pacheco também embaralha o xadrez eleitoral aqui na Paraíba.
O principal efeito é colocar Romero Rodrigues, também do PSD, numa encruzilhada.
Isso porque o ex-prefeito de Campina Grande é o principal pré-candidato da oposição no estado, mas bem próximo de Bolsonaro, candidato a reeleição, que passa a ser, agora, adversário do candidato do seu partido.
Pacheco, desde já, passa a ser persona non grata entre entre os bolsonaristas. Já deverá ser visto, inclusive, como inimigo dos bolsonaristas-raiz paraibanos, que anunciaram apoio a Romero.
Agora, já não sabem se poderão “alimentar” a candidatura do ex-prefeito. Afinal, ele poderá não ter condições de abrir o palanque para a reeleição do presidente.
Pacheco, pré-candidato, exige (em tese) que ex-gestor de Campina abra o espaço para ele em 2022. E caso queira Bolsonaro no guia eleitoral, vai precisar mudar de partido. Tudo, em tese, se não houver nenhum arranjo ‘por fora’.
De acordo com Thaís Oyama, do Uol, lideranças do Congresso já confirmaram que Pacheco e Kassab, presidente do PSD, já apertaram as mãos e o anúncio oficial da filiação e pré-candidatura do presidente do Senado será feito tão logo o PSD conclua a montagem de seus palanques nos estados.
Um desses palanques é o da Paraíba. Afinal, o PSD por aqui tem uma candidatura competitiva e não vai abrir mão de ter esses espaço para apresentar o ainda “desconhecido” Pacheco.
