Ação e reação: com Veneziano mais longe do governo, Romero se aproxima

Veneziano Vital do Rêgo, João Azevêdo e Romero Rodrigues
Veneziano Vital do Rêgo, João Azevêdo e Romero Rodrigues
Veneziano Vital do Rêgo, João Azevêdo e Romero Rodrigues

Pode ser só a direção natural dos ventos políticos. Mas há quem aposte que essa ventania não seja tão orgânica assim. Foi criada como reação às ações de alguns atores políticos que tentam ocupar os melhores espaços em 2022.

Um desses movimentos envolve o governo João Azevêdo (Cidadania), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Os protagonistas da atual cena eleitoral da Paraíba.

Nos últimos meses, o presidente do MDB tem se movimentado, com ou sem intenção, como já escrevemos aqui, para ocupar um espaço aberto na oposição. Conversa com adversários do governo, com justificativas que passam longe do debate eleitoral, apesar de governistas não acreditarem nisso.

Descontentamentos com o governo são explicitados com frequência. Entre eles, a nomeação (a pedido do diretório nacional, segundo o governo), de um nome de Azevêdo para direção do Podemos, partido que estava sob o guarda-chuva da esposa, Ana Cláudia Vital, secretária estadual. Tem ainda o episódio da “falta de respeito”, segundo Veneziano, quando a esposa ficou de fora da mesa oficial do governo nas comemorações do aniversário de Campina.

Sem clima para diálogo, como aquelas namoros com o fim sendo protelado, o senador e o governador não demonstram que, por enquanto, querem reviver os melhores momentos da relação. Por enquanto.

Mas a reação foi rápida. Governistas interessados na união de Azevêdo e Romero agem com “alcoviteiros”. Seja para fazer ciúme, seja para, de fato, criar o clima para o nascimento de uma nova relação para 2022. Alguns governistas mais afoitos já dizem: “a fila andou”.

Outros, como “Os Paulino”, “lutam” para reatar a relação e evitar que o movimento que o grupo do MDB de Guarabira fez na eleição de 2020 seja prejudicado dois anos depois, de maneira ainda inexplicáveis.  Ou melhor, sem justificativa consistente, afora o clima frio.

É como se Romero tivesse com medo de ficar sem mandato, sozinho, e estivesse diante de um oportunidade segura para o futuro. Um Azevêdo, com poder de escolha, sem querer perder tempo com o que considera “melindre”; e um Veneziano sonhando com um futuro de protagonista da própria história, sem motivos fortes (ainda) para deixar as promessas de amor para trás.

Não faltam ansiosos para ver o fim dessa episódio.

Veja também:

>>>João Azevêdo viaja a Brasília onde Romero decide se ainda é pré-candidato da oposição 
>>>Com ou sem intenção, Veneziano parece se movimentar para ocupar um espaço vazio