A oposição, como analogia, era uma espécie de corpo cambaleante com uma cabeça: a do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Ontem (26), depois da reunião do psdebista com os tucanos, em Brasília, a cabeça foi ao chão. O corpo, agora, cambaleia sem cabeça.
Romero parece que não confiou que encontraria sustentação do grupo dele, nem dos mais próximos, como os tucanos, para se firmar e ir fortalecido para a tão sonhada disputa ao governo do estado em 2022.
Adiou mais uma vez o projeto. Neste momento, deve ter pesado o medo de ficar sem nada (mandato) numa eventual derrota.
O movimento de partidários, como o deputado estadual Manoel Ludgério (PSD), sentindo a falta de vitamina do ex-prefeito para uma disputa, alertou para possibilidades mais seguras: uma candidatura a deputado federal ou, com uma boa articulação, ser o vice do governador João Azevêdo (Cidadania). A segunda opção, hoje, ganha força.
O governador não garantiu nada. Mas, quando o grupo sinaliza que Romero, conhecido pela moderação, é bem-vindo, as portas de uma segurança política parecem se abrir.
Azevêdo, nesse momento, sai vitorioso. Seu principal adversário se rendeu por motivos pessoais e conjunturais. Seu governo, com todos os defeitos apontados, não tem, a menos de um ano da eleição, uma oposição forte e articulada. Não tem um nome para unir um grupo forte e disposto, com militância, a dar sangue por uma vitória.
Mas alguma liderança política, em algum momento, precisa ocupar esse espaço. Precisa colocar a cabeça nesse corpo, convocar aliados para dar firmeza a um projeto consistente. O governador deseja que essa reação seja lenta o suficiente para não dar tempo ganhar força.
Façam suas apostas. Quem será essa cabeça? Na lista, temos: Pedro Cunha Lima (PSDB), com o discurso mais forte de oposição até agora. Tem grupo, mas iria para o risco, deixando a candidatura de federal para o pai, Cássio Cunha Lima? No pior dos cenários, se consagra, estadualmente, como a nova liderança da oposição.
Veneziano Vital (MDB), que ainda é da base, mas com o privilégio de perder e voltar ao Senado.
Luciano Cartaxo, ex-prefeito de João Pessoa, sem um grupo forte, que precisa dar um passo certo para também não ficar mais quatro anos sem mandato.
À direita extrema, com uma remota possibilidade, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. E, por fim, talvez Nilvan Ferreira (PTB) para fortalecer um discurso conservador.
Se continuar assim, João entra na disputa reeleito.
Não tem o que discutir, só um nome tem força pra agregar todo esse nomes, o cara que tem 02 vagas no senado, Veneziano Vital do Rego , garante uma vaga de senador pra Cássio com todas as chances de vitória, Luciano como vice governador, voltar ter um mandato, Ney Suassuna, surge no cenário novamente, Romero um federal eleito e todo mundo no jogo