Bolsonaro disse que “soube” que vem um novo aumento de combustível em 20 dias

À imprensa, afirmou que soube “extraoficialmente” que um novo aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras.

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Bolsonaro disse que "soube" que vem um novo aumento de combustível em 20 dias
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Nesta segunda-feira (01), começou a valer o congelamento do preço médio ponderado dos combustíveis adotado pelos estados para aplicação de alíquota do ICMS. Valor único, R$ 6,22 ,  por três meses. A decisão foi do Confaz, na última sexta-feira (29).

Com essa medida, segundo especialistas, os estados vão diminuir arrecadação porque a base de cálculo será menor e, por consequência, esperam mostrar que o problema está a política de preço da Petrobras.

Para o consumidor, talvez mude um pouco no início, mas com previsões de mais aumento, a medida só será eficiente, de acordo com especialistas, para abastecer a guerra discursiva entre gestores estaduais e governo federal.

O tanque vai continuar vazio e, pelo visto, a gasolina vai ficar mais cara. A afirmação de um possível novo reajuste nos próximos 20 dias foi feita pelo  presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que na manhã de hoje estava na cidade de Anguillara Veneta, na Itália.

À imprensa, afirmou que soube “extraoficialmente” que um novo aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras para daqui a 20 dias. Nada imprevisível em um país com a moeda fraca, que compra os combustíveis em dólar, com o barril do petróleo mais caro.

Bolsonaro disse que o assunto será prioridade em seu retorno ao Brasil nesta terça-feira (2).

“Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer, tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo. O que é bom não cai nada em meu colo”, reclamou.

O presidente fala em tirar a estatal “das garras do Estado”, com a privatização da empresa. O problema é que isso demora e ele e a equipe econômica têm um problema “para ontem”. Por enquanto não sabe o que fazer.

O presidente disse que está disposto a rediscutir a política de preços da companhia, mas sem interferir nos “rendimentos dos acionistas”.

Acrescentou, segundo Agência Brasil, que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelo lucros da Petrobras. Nesse sentido, disse que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel.

Impostos 

Ele defendeu o congelamento dos impostos e apontou como “vilão” do custo final na bomba o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

>>>Ouça o Podcast da CBN sobre o assunto: a ‘pancada’ do preço dos combustíveis em debate no Papo Político