Anvisa recebe pedido de uso emergencial de pílula oral contra Covid-19

Prazo de análise do pedido da farmacêutica MSD é de até 30 dias, diz agência.

Foto: Merck & Co.via AP
Anvisa recebe pedido de uso emergencial de pílula oral contra Covid-19
Foto: Merck & Co.via AP

A farmacêutica Merck Sharp & Dohme (MSD) pediu, nesta sexta-feira (26), a autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de uso emergencial de seu comprimido contra a Covid-19, o molnupiravir. O antiviral de via oral, desenvolvido em parceria com a Ridgeaback Biotherapeutics, atua prevenindo a replicação do coronavírus no corpo e tem demonstrado ser eficaz no tratamento da Covid-19.

A agência confirmou que recebeu o pedido e informou que o prazo de análise é de até 30 dias. As primeiras 24 horas de análise serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis, segundo a Anvisa. Se houver alguma informação importante faltando, a agência pode solicitar ao laboratório.

A análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica – que é quando o laboratório precisa responder a questões técnicas feitas pela Anvisa dentro do processo.

Resultados

Resultados preliminares de testes divulgados no início de outubro apontaram que os pacientes que receberam o molnupiravir até 5 dias após o início dos sintomas da Covid tiveram cerca de metade da taxa de hospitalização e morte em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo.

O medicamento, entretanto, não funcionou em pacientes graves. Além disso, ele também não substitui as vacinas contra a doença, segundo o presidente da MSD no Brasil, Hugo Nisenbom. “As vacinas continuam sendo essenciais no controle da Covid-19 e a disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença”, afirmou.

A Fiocruz anunciou que iria participar de testes para testar a eficácia do medicamento no país. Outras negociações com a MSD também incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras doenças, como a dengue e a chikungunya.