Iphan julga pedido de entidade da Paraíba para tornar forró patrimônio cultural do Brasil

A análise do pedido da Associação Cultural Balaio do Nordeste será feita nesta quinta-feira (9).

Foto: divulgação
Iphan julga pedido de entidade da Paraíba para tornar forró patrimônio cultural do Brasil
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Referência em todo o Brasil, as Matrizes Tradicionais do Forró podem ser reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil nesta quinta-feira (9). O pedido de registro para tornar o forró patrimônio cultural do Brasil foi feito ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2011, pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, entidade da Paraíba.

A análise e deliberação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan. Com transmissão pelo canal do Iphan no Youtube, a partir das 9h, a sessão é aberta à sociedade.

A previsão da Associação Cultural Balaio do Nordeste é que o título seja entregue durante o IV Encontro Nacional de Forrozeiros que acontece, de 13 a 17 de dezembro junto com o III Fórum Nacional do Forró de Raiz no Espaço Cultural José Lins do Rego e na Usina Cultural Energisa. A escolha da data não é à toa: dia 13 de dezembro é celebrado o Dia Nacional do Forró.

As “Matrizes Tradicionais do Forró” são uma forma de expressão que envolve diversas modalidades artísticas, cujo núcleo é a performance social de um leque de tipos de música e dança. Forró também passou a designar um tipo de evento com música ao vivo e dança, onde há a presença de um repertório de gêneros musicais como o baião, o xote, o arrasta-pé, o xaxado, o coco, o forró e a toada.

Pedido ao Iphan

O pedido do registro do Forró como patrimônio cultural do Brasil ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio Nordeste. Com o pedido, foram anexados uma coletânea de livros, LPs e DVDs de forró e um documento com mais de 400 assinaturas de representantes das comunidades forrozeiras de todo o país com a solicitação de ações de sustentabilidade e salvaguarda do ritmo.

Em 2015, a Associação junto com os participantes do Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, que ocorreu na cidade de João Pessoa, elaborou e enviou  ao Iphan uma Carta de Diretrizes para Instrução Técnica do Registro das Matrizes do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, documento que visa orientar todo processo de pesquisa que envolverá a produção do Dossiê de patrimonialização.

Desde então, foram realizados vários fóruns e audiências públicas por vários estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. Os encontros, fóruns e audiências têm possibilitado o diálogo entre forrozeiros de todo o país e com as instâncias governamentais e irá trazer essa grande conquista que é tornar o nosso forró patrimônio cultural do país.

Conselho

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que vai analisar o pedido, é formado por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil. A coordenação fica a cargo da presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

O conselho deve examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas a tombamento e rerratificação de tombamento de bens culturais de natureza material, assim como registro e reavaliação de registro de bens culturais de natureza imaterial. O órgão também é responsável por decidir sobre a saída temporária do país de bens acautelados pela União, além de outras questões relativas ao patrimônio cultural.