Vereador pede afastamento do prefeito de Lucena Léo Bandeira por 180 dias

O pedido foi apresentado pelo vereador Jair Chagas e deve ser analisado nesta quarta-feira (26).

Foto: divulgação
Vereador pede afastamento do prefeito de Lucena Léo Bandeira por 180 dias
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O escândalo do ‘erro vacinal’ de crianças entre 5 a 11 anos com imunizantes inadequados, que veio à tona na semana passada em Lucena, no Litoral Norte da Paraíba, deve virar debate político no legislativo do município. Os vereadores agendaram para esta quarta feira (26), às 10h, uma sessão extraordinária para analisar um pedido de afastamento do prefeito pelo prazo de 180 dias.

O requerimento foi apresentado nesta segunda-feira (25) pelo vereador Jair das Chagas Silva (Democratas). O objetivo do pedido de afastamento do prefeito é que ele não possa intervir nas investigações.

Logo após o caso chegar ao domínio público em todo o país, Léo Bandeira afastou o secretário de Saúde e outras três profissionais de saúde que teriam responsabilidade sobre o fato.

Entenda

A vacinação teria acontecido desde dezembro de 2021, e o fato veio à tona no sábado (15), após denúncia apresentada ao Ministério Público Federal (MPF).

Em depoimento dado ao MPF no último dia 16, a técnica de enfermagem disse que aplicou as doses nos dias 29 de dezembro de 2021 e 7 e 11 de janeiro de 2022, ou seja, antes de iniciar o calendário de vacinação para crianças entre 5 e 11 anos, que começou no último sábado (15).

A vacina da Pfizer usada nas crianças fazia parte do lote FN3457, destinado a adolescentes e adultos.

O prefeito de Lucena disse que ainda não pode precisar o que provocou a imunização indevida das crianças. Mas, que houve falha de comunicação.

De acordo com ele, alguns profissionais de saúde do município – que trabalham nas ações de imunização – não teriam participado de treinamentos pela internet, para a aplicação das doses.

As mães de algumas crianças vacinadas em Lucena relataram à reportagem da TV Cabo Branco efeitos colaterais em seus filhos. Disseram, inlcusive, que ‘nenhum órgão de saúde acompanhou’ os filhos vacinados.