Filho de Marcelo Queiroga vira ‘plano B’ após candidatura do ministro sair do radar de Bolsonaro

Estudante de medicina, Cristovão Neto circula no núcleo bolsonarista há algum tempo e esta semana se filiou ao PL do presidente Jair Bolsonaro.

Foto: divulgação
Filho de Marcelo Queiroga vira 'plano B' após candidatura do ministro sair do radar de Bolsonaro
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O nome do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deixou de figurar na lista de auxiliares de Bolsonaro que devem desembarcar do governo para disputar às Eleições 2022. Em recente entrevista ao jornal O Globo, o paraibano disse que quer ficar marcado na história como o homem que acabou com a pandemia. Talvez, por isso, a “necessidade” de permanecer no cargo.

Nos bastidores, no entanto, a tese é que pesquisas internas apontaram que a candidatura ao governo não emplacaria no estado. A possibilidade de disputar ao Senado também estaria descartada, seja pela Paraíba, seja pelo Rio de Janeiro, como também foi cogitado.

Nesse cenário de indefinições, o ‘plano B’ tem sido apostar nos herdeiros do ministro, mais precisamente no filho Antônio Cristóvão Neto. O estudante de medicina, de 22 anos, estaria sendo preparado por Queiroga para concorrer ao cargo de deputado federal, segundo reportagem da Folha.

O filho do paraibano é militante bolsonarista e tem circulado há algum tempo nas agendas oficiais do pai, inclusive em aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira), mesmo não fazendo parte da comitiva oficial do ministério.

Cristovão Neto se filiou esta semana ao PL, legenda comandada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), que abrigou Bolsonaro e deve receber em breve outros aliados do presidente, como o filho Eduardo Bolsonaro e o ministro da Cultura, Mário Frias.

Aliada à filiação, Queiroga tem atuado para equilibrar o discurso de médico e político. Afirma que é um “quadro técnico dos que vocês gostam de chamar de bolsonarismo” e vai ser o “homem que acabou com a pandemia da Covid-19”.

Mesmo com a sinalização da desistência para uma disputa eleitoral, o ministro tem até 1º de abril para desincompatibilizar para a campanha.