Opinião: Aguinaldo demora a decidir o que vai fazer da vida política e enfraquece grupo governista na Paraíba

Sem oficializar a decisão, é certeza que não terá o Republicanos em torno do nome dele, como deseja. Só tem então duas opções, sair pela tangente ou entrar de cabeça para tentar reverter apoios a Efraim (UB).

Foto: reprodução

É muito ruim tomar decisão sob pressão. Mas tem certas horas que tomá-la é deixar um outro livre para encontrar uma maneira de sobreviver mais forte. A não ser que “você” não queira isso e não esteja nem aí para o “outro”.

A demora do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) em decidir se será ou não candidato ao Senado na chapa do governador João Azevêdo (PSB) tem gerado essa sensação de fragilização na base governista (mais ainda).

É bom lembrar, no entanto, que ele tem todo direito de usar o tempo que quiser para decidir. Alguém, no entanto, vai pagar por isso.

Sem oficializar a decisão, é certeza que não terá o Republicanos em torno do nome dele, como deseja. Só tem, então, duas opções, sair pela tangente, ou entrar de cabeça para tentar reverter apoios a Efraim (UB), seu principal adversário.

Na perspectiva dele, a demora não prejudica muito: terá uma candidatura à reeleição até tranquila.

Porém, para o governo, a demora só aumenta o calo. Aliás, a demora alimenta “tumores”. Um deles o fortalecimento de especulações, criadas ou de nascimento espontâneo. Uma delas, a de que a senadora Daniella Ribeiro (PSD), irmão de Aguinaldo, será candidata ao governo da Paraíba.

Uma especulação com argumento e bases concretas que geram, claro, efeito de verdade de bastidores. Se vingar, leva boa parte do capital eleitoral de cidades importantes, como Santa Rita, Bayeux, João Pessoa e Cajazeiras.

Além do próprio governador, o prefeito Cícero Lucena (Progressistas) é um dos que devem se preocupar com a decisão e os efeitos eleitorais dela.