Opinião: sem muitas opções, candidatos ao governo da Paraíba tiveram que aceitar os vices que estavam na “praça”

As escolhas precisam ser tomadas por causa do fim do prazo, 5 de agosto.  

Sem muitas opções, de real capital eleitoral em suas bases, os principais candidatos ao governo da Paraíba tiveram que aceitar os vices que estavam disponíveis na “praça”. Por necessidade ou imposição.

Decisões que precisaram ser tomadas por causa do fim do prazo para as escolhas, 5 de agosto.

João Azevêdo (PSB), por exemplo, pré-candidato à reeleição, teve que aceitar Lucas Ribeiro (PP), vice-prefeito de Campina Grande.

A imposição foi feita pelo tio, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), como condição para o parlamentar e seu grupo aderirem ao governo.

A justificativa veio da geopolítica. Afinal, João precisava de um nome de Campina. Mas vale ressaltar que o principal expoente do grupo, Aguinaldo, em 2018, na cidade dele, não teve uma arrebatadora votação.

Veneziano Vital (PT) não queria ninguém indicado pelo PT Estadual. Queria o ex-prefeito da capital Luciano Cartaxo (PT), que não abre mão der ser candidato a deputado estadual. “Recusou” a possibilidade de ser vice, lá atrás.

Na prática, quer evitar ir um risco maior e ficar mais um tempo sem mandato. Na disputa por uma vaga na AL, tem um vitória quase garantida.

Restou a Veneziano buscar alguém como “DNA de Cartaxo”: como opção tinha Lucélio (irmão gêmeo) e Maísa (esposa).

Nilvan precisa de alguém de Campina. Não tem ninguém com capital eleitoral forte na Rainha da Borborema. Vai recorrer ao critério ideológico, as afinidades políticas bolsonaristas e, também, foca na questão do gênero para escolher um nome. Nas disputa, três mulheres, Dra Anelise, Dra Giovana, Marcela Torres, e um homem, Arthur Bolinha.

Quem também estava “na praça” e foi escolhido por “falta de opção” foi Domiciano Cabral (Cidadania), vice de Pedro Cunha Lima (PSDB). Domiciano chegou até disputar a vaga com a empresária Melca Farias, mas era politicamente mais forte.

O ex-deputado federal, estadual, vereador de João Pessoa e ex-vice-prefeito de Bayeux , atualmente, dedica-se a vida empresarial.

Com atuação em Bayeux e conhecido na Região Metropolitana, Domiciano foi escolhido para tentar fechar uma lacuna da campanha de Pedro na região. Não será simples. Cabral tem a cara e as práticas da “velha política” tão condenada por Pedro.

Outros candidatos 

No caso do Psol, o vice escolhido, com antecedência, para disputar ao lado de Adjany Simplício foi Jardel Wandson do UP. A vice do PSTU é Alice Maciel, companheira de chapa de Antônio Nascimento. Já Major Fábio, do PRTB, anunciou o cirurgião-dentista Jodes Candeia como vice na chapa.