CONVERSA POLÍTICA
João e Cícero: aliados em desacordo no combate à pandemia
Publicado em 22/02/2021 às 10:48 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:12
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
Aliados desde a campanha, o governador João Azevêdo (Cidadania) e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) querem aparentar alinhamento, mas, no que se refere às medidas restritivas para combater a pandemia da covid-19, as políticas públicas são totalmente diferentes. Com a vivência do caos que foi a primeira onda no estado, o governador tem sido mais restritivo sobre o que deve ser fechado para conter esse novo avanço. Já Cícero, comprometido com alguns setores, defende medidas mais flexíveis.
O único ponto em comum entre governo e prefeitura é com relação à movimentação na orla da capital, onde tem se registrado aglomerações em diversos pontos, inclusive com pessoas circulando sem máscaras, alheias à presença da polícia. Ambos defendem as restrições ao banho de mar e à circulação na calçadinha da orla.
Mas a convergência para por aí, já que João quer ir além e fechar bares e restaurantes, permitindo apenas o funcionamento através de delivery e por entrega na porta. Cícero defende uma forma mais flexível, liberando que eles sejam abertos até às 22h, mas só com venda de bebida alcoólica até às 20h.
João defende o fechamento total das escolas, inclusive as particulares, ao menos por 15 dias por causa da previsão de novos aumentos de casos, no rebote das festas de carnaval. Cícero afirmou ser contra e deve impor a manutenção das aulas presenciais na reunião desta manhã.
Em relação às igrejas também eles não chegam ao consenso. O governo quer a suspensão de missas e cultos. Já Cícero Lucena, que tem tentando manter a diplomacia após crise 'diplomática' gerada com entidades religiosas por causa de declarações do secretário da Saúde, Fábio Rocha, é contra.
Na reunião no Palácio da Redenção vamos ver o que vai prevalecer e como será a condução dessas diferenças.
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