CONVERSA POLÍTICA
Petrobras reajusta preços da gasolina e do diesel a partir deste sábado
O reajuste foi discutido em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras ontem (16), quando a empresa deu sinal verde para o aumento.
Publicado em 17/06/2022 às 10:40 | Atualizado em 17/06/2022 às 11:13
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, a partir de 18 de junho. O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro e, para o diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Este não é valor final dos preços dos combustíveis nas bombas, que depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 7,247 na semana encerrada no dia 11. Já o do diesel, em R$ 6,886.
O diesel não era reajustado desde 10 de maio. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março, há mais de três meses.
O reajuste foi discutido em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras ontem (16), quando a empresa deu sinal verde para o aumento.
Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços internacionais e o praticado pela Petrobras supera atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.
A diretoria argumenta que a única forma de evitar o aumento seria a concessão do subsídio, o que não foi autorizado pelo governo.
Bolsonaro
Preocupado com a alta dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a Petrobras a não repassar a alta internacional dos preços do petróleo para as bombas. Desde 2016, a estatal passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 60% no ano, e encerrou a quinta-feira (16) a US$ 120,95 o barril.
Bolsonaro usou as redes sociais para se manifestar contrário ao aumento. Ele teme que a inflação, em especial de itens como gasolina e diesel, comprometam sua imagem junto ao eleitorado e a sua tentativa de reeleição.
O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”, publicou, no Twitter.
Na avaliação do presidente, “a Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”.
Com informações do G1
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