POLÍTICA
Decisão antecipada em CG
Para o vice-prefeito de Campina, anúncio do vice de Tatiana fecha as portas para novas alianças e pode prejudicar campanha do PMDB.
Publicado em 04/05/2012 às 6:30
O vice-prefeito de Campina Grande, José Luiz Júnior (PMDB), disse ontem que seu partido precipitou-se ao fechar aliança agora com o PR, indicando Bruno Roberto como companheiro de chapa da pré-candidata Tatiana Medeiros (PMDB). Bruno é filho do deputado federal Wellington Roberto, presidente estadual do PR.
“O PMDB indicar agora o candidato vice fecha janela para entrada de mais partidos e lideranças políticas na coligação. Eu fui convidado para ser vice de Veneziano Vital do Rêgo, em 2004, faltando uma hora para encerrar a convenção”, lembrou Zé Luiz.
Para ele, o partido deveria procurar o deputado Guilherme Almeida (PSC), o vereador Fernando Carvalho (PT do B) e a reitora da UEPB, Marlene Alves, pré-candidatos a prefeito, para dialogar sobre a possibilidade de uma composição ainda no primeiro turno. “A política é a arte de somar e não dividir. Na política, você tem que saber a hora de recuar, ser humilde e avançar, a fim de conquistar a vitória”, disse.
Ele lembrou a estratégia usada em 2002 por Cássio Cunha Lima para chegar ao Governo do Estado. “Cássio fez uma aliança com o PT para prefeito e depois deixou o cargo e Cozete Barbosa assumiu. Na época, Ronaldo Cunha Lima era senador, mas desistiu da reeleição para disputar a Câmara Federal, abrindo vagas na chapa para Efraim Morais e Wilson Braga”, frisou Zé Luiz.
Em relação à decisão do PT de romper com o PMDB para apoiar a pré-candidatura de Daniella Ribeiro à PMCG, Zé Luiz não viu traição na estratégia. “Isso faz parte da política e não adianta jogar pedras no PT, pois o PMDB, que vai para o segundo, poderá precisar do apoio dos petistas”, avisou.
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