POLÍTICA
Deputados de oposição prometem fiscalizar dinheiro de empréstimo
Pedido de empréstimo de R$ 191 milhões do governador ao BNDES continua polemizando mesmo depois de ser aprovado pela Assembleia Legislativa.
Publicado em 15/07/2009 às 10:12
Phelipe Caldas
O pedido de empréstimo de R$ 191 milhões do governador José Maranhão (PMDB) ao BNDES continua polemizando mesmo depois de ser aprovado pela Assembleia Legislativa da Paraíba. Na manhã desta quarta-feira (15), dois parlamentares de oposição que votaram favoráveis ao empréstimo falaram da importância de se fiscalizar o uso deste dinheiro e impedir que ele seja mal usado pelo atual Governo da Paraíba.
Manuel Ludgério (PDT), por exemplo, diz que uma Comissão Especial formada por sete deputados estaduais vai percorrer todas as cidades que têm obras financiadas pelo dinheiro do empréstimo e conferir se a verba do BNDES está sendo gasta corretamente.
Ele lembrou que em 90% dos casos as obras tinham sido iniciadas no Governo Cássio e sugeriu que o detalhamento enviado pelo governador José Maranhão tinha algumas irregularidades.
“A Comissão vai começar por Belém do Brejo do Cruz, porque o detalhamento financeiro do empréstimo diz que serão gastos R$ 4 milhões na conclusão do hospital desta cidade, quando temos informações de que o hospital já está concluído e equipado”, destaca. “Se isto ficar comprovado, vamos amarrar a nova destinação deste dinheiro e não deixar isto a cargo apenas do Poder Executivo”, completou.
Já João Gonçalves (PSDB) lembrou que o governador José Maranhão só tem mais 17 meses de gestão e que se não houver celeridade nos processos legais o tempo pode ser curto. “É muito dinheiro para ser gasto em tão pouco tempo. O governador precisa de agilidade se quiser dar destinação a todo o dinheiro do empréstimo”, opinou.
Ele lembrou que foi o primeiro oposicionista a declarar seu voto favorável ao empréstimo e disse que faria isto sempre que o projeto fosse bom para a Paraíba. Mas segundo ele era importante fiscalizar. “Não existe patrulhamento, mas apenas uma fiscalização para garantir que o dinheiro seja bem gasto”, revelou.
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