Edmar Oliveira diz estar sendo vítima de “trama sórdida” dentro do Patriota

Candidato do Patriota deve entrar com recurso para ter novo vice e continuar na disputa eleitoral

Em nota divulgada nesta quarta-feira (28), o candidato a prefeito de Campina Grande pelo Partido Patriota, Edmar Oliveira, afirmou que está sendo vítima de uma “trama sórdida” articulada pela direção estadual do partido, devido a “interesses individuais e pouco republicanos”.

De acordo com ele, o vice de sua chapa, Wanderley Bezerra, que também é presidente municipal do Patriota, anunciou a desistência no dia 15 de outubro, mas não formalizou a decisão junto à Justiça como forma de indeferir sua candidatura.

“Uma intervenção específica, premeditada e criminosa do vice Wanderley em conluio com a executiva estadual do Patriota, que unilateralmente premeditou a protelação efetiva de sua renúncia inviabilizando prazo para ter notícia e recorrer. (…) Diante deste jogo baixo, reconhecemos que não temos força para assegurar nossas candidaturas (…) já que os fatos são óbvios e por estarmos em condição isolada, solicitando proteção à polícia federal, pois dado o fervor político teremos que noticiar verdades sobre pessoas com relativo poder no Estado, onde tememos por nossa integridade física”, declarou Edmar em nota à imprensa.

A assessoria de Edmar Oliveira informou ao JORNAL DA PARAÍBA que a agenda do candidato foi suspensa nesta quinta-feira (29) para que ele tente falar com o juiz responsável pela impugnação da candidatura do prefeitável e ter mais informações a respeito de como entrar com recurso contra esta decisão. A confirmação do novo vice, que deve ser Gustavo Alencar, só poderá ser feita após a resolução deste impasse.

Na semana passada, a direção estadual do partido divulgou uma nota pedindo que Edmar desistisse da candidatura. Na avaliação da executiva, a candidatura atrapalharia o ‘projeto Bolsonaro’ na Paraíba, uma vez que o presidente “está alinhado com o projeto do atual prefeito Romero Rodrigues”.

A ‘crise’ entre Edmar e o diretório estadual teve início durante um debate televisivo, quando o candidato reclamou por não ter recebido apoio estrutural e recursos do partido, ao contrário do que ocorreu em João Pessoa.