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POLÍTICA

Entidades anunciam paralisação de servidores do TJPB

Paralisações foram aprovadas em assembleia realizada pela Astaj e Sindojus.

Publicado em 26/05/2014 às 11:33

Os servidores do poder judiciário do Estado da Paraíba decidiram, em assembleia geral, realizada no dia 22, no Fórum Cível da Capital, paralisar suas atividades, quarta e quinta-feira (29 e 30) por duas horas. A paralisação é em protesto contra a falta de solução para vários problemas que atingem os servidores.

A assembleia geral foi convocada pela Astaj-PB (Associação dos Técnicos, Auxiliares e Analistas) e Sindojus-PB (Sindicato dos Oficias de Justiça), as duas entidades representam todas as categorias de servidores que compõem a justiça paraibana.

As paralisações ocorrerão da seguinte forma: Dia 29 de maio, em Campina Grande, das 15h às 17h horas e no dia 30 de maio, em João Pessoa, das 9h às 11h horas. “Essas ações servirão de alerta para o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) rever suas posições diante do corpo de seus servidores. Outras atividades estão sendo esperadas para as próximas semanas”, disse o presidente da Astaj, José Ivonaldo.

De acordo com o presidente da ASTAJ-PB, José Ivonaldo, uma das grandes insatisfações é o não cumprimento, por parte do Tribunal de Justiça (TJ), da Lei Estadual n.10.195/2013, que garante o direito a movimentação funcional dos servidores ao longo das carreiras funcionais desses (progressões e promoções).

Por outro lado, segundo Ivonaldo, os servidores também denunciam que o tribunal não paga a gratificação de produtividade, direito existente no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da categoria (PCCR), deste o ano de 2007.

“A falta de condições de trabalho e de pessoal também tem sido alvo de reclamações e denúncias constantes por parte dos servidores. A qualidade dos serviços jurisdicionais no Estado tem piorado, a cada dia”, disse Ivonaldo.

A Assembleia Geral também deliberou que será realizada uma campanha midiática como forma de levar ao conhecimento da sociedade paraibana, a realidade pela qual passa a categoria, quanto à baixa remuneração, desvalorização funcional, direitos que estão sendo descumpridos, entre outros aspectos.

Para os presidentes das duas entidades (Astaj e Sindojus), José Ivonaldo e Antônio Carlos Santiago, a direção do TJPB tem tratado as demandas dos servidores com total indiferença. Eles afirmam que várias solicitações de audiência foram encaminhadas à presidência do TJ para discutir os problemas dos servidores desde o início do ano, contudo, até hoje nenhuma reunião ocorreu.

Eles afirmam, ainda, que os servidores não suportam mais esperar pela direção do TJP. Ivonaldo e Antônio Carlos dizem que é chegada a hora dos servidores partirem para defesa imediata de seus direitos e interesses.

Segundo os representantes das entidades, a direção do Poder Judiciário estadual não consegue, ou não quer dialogar com seus servidores sobre problemas que, inclusive, afetam diretamente a prestação dos serviços jurisdicionais. “A população não pode pagar o preço pelas faltas cometidas pelo TJ/PB”, afirmou Ivonaldo.

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Jornal da Paraíba

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