POLÍTICA
Governador minimiza relatório de auditoria do Trauma de JP
Governador afirmou que as denúncias contra o hospital foram feitas por pessoas que querem apenas 'ver o circo pegar fogo'.
Publicado em 29/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:20
O governador Ricardo Coutinho minimizou o relatório da auditoria feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Durante a solenidade de entrega de 24 veículos a prefeituras paraibanas, na manhã de ontem, no Palácio da Redenção, o governador afirmou que as denúncias contra o hospital foram feitas por pessoas que querem apenas “ver o circo pegar fogo para ir em busca de cadáveres”.
“Em busca da tragédia para poder fazer política de forma mesquinha. Um hospital que sai da situação que eu peguei, que fazia 320 cirurgias por mês, hoje faz 1.050, que foi normalizado e que ao mesmo tempo é alvo de um tiroteio profundo, inclusive com relatório de auditoria, que não é relatório final. O relatório da auditoria é apenas uma passagem e raramente permanece intacto, eles são modificados”, disse Ricardo Coutinho.
Para o gestor, a intenção das denúncias é desconstruir um trabalho que está sendo feito no hospital. “Mas eu creio que não conseguirão. Querem colocar o que no lugar? Eles vão colocar o quê? Querem voltar àquela época que pessoas morriam na porta porque não tinham atendimento, porque o hospital não tinha governabilidade”, frisou.
Ele ainda explicou que na pactuação feita pelo governo do Estado com a Cruz Vermelha (responsável por administrar o Hospital de Trauma), o Executivo espera resultados e cumprimento de metas, a exemplo do número de atendimentos realizados no hospital.
“Se o contratado vai simplesmente pagar R$ 18 mil a um médico, que ele pague, é um problema dele. O Estado quer o serviço, a cirurgia, o procedimento, o exame, e é isso que acontece. Nossos indicadores são infinitamente melhores, além do que é uma hipocrisia enorme alguém achar que algum médico que trabalhe nas UTIs ganha menos que um governador aqui dentro”, frisou.
ROMPIMENTO
As justificativas apresentadas pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) para o rompimento da aliança feita em 2010 com o PSB não convenceram o chefe do Executivo. O senador teria dito que o governador não cumpriu sua 'carta programa'. Ricardo Coutinho rebateu a acusação afirmando que o senador tem ambição pelo poder. “Ele tá dizendo isso 3 meses depois. Ele não tem o que dizer. Na verdade todo esse floreio de palavras atende pelo nome de uma coisa: ambição pelo poder e o povo não gosta de quem tem ambição pelo poder”, afirmou Ricardo Coutinho.
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