Hervázio decide se vai para AL, mas já anuncia apoio a Ricardo

Jhonathan Oliveira

O vereador Hervázio Bezerra (PSDB) deve decidir até amanhã (5) se vai assumir a vaga na Assembleia Legislativa ou se permanece na Câmara Municipal de João Pessoa. Ele disse que já vem conversando com parentes e amigos sobre o caso e informou que terá uma reunião com o senador Cícero Lucena, presidente estadual do PSDB, nesta sexta-feira (4) para tratar do assunto. Hervázio ganhou o direito de assumir uma cadeira na Assembleia, após o governador Ricardo Coutinho (PSB) nomear o deputado Manoel Ludgério (PDT) para presidência da PBPrev. O tucano é o segundo suplente da coligação.

Principal opositor de Ricardo Coutinho, na época em que este estava à frente da Prefeitura de João Pessoa, Hervázio admitiu ter desconfiando das intenções do governador favorecendo sua posse na Assembleia e por isso o procurou pessoalmente para discutir o assunto. De acordo com o vereador, Ricardo disse que sempre o respeitou como parlamentar e acreditava que ele podia colaborar com a sua gestão.

“Conversei ontem com o governador, pois até então eu tinha conhecimento dessa convocação do deputado Ludgério pela imprensa. Ele disse que sempre me respeitou e reconhecia meu valor enquanto parlamentar e tinha certeza que eu poderia contribuir com o seu governo”, afirmou Hervázio.

O vereador tucano acrescentou que durante o encontro com Ricardo também foram discutidas as divergências que existem entre eles. Pois, além de ter sido líder da oposição na Câmara, Hervázio também votou no ex-governador José Maranhão (PMDB) nas eleições do ano passado. “ Ele me disse que estava disposto a dialogar com todos aqueles que pudessem contribuir com o governo independente da posição política. E afirmou que não guardava rancor do passado” , completou.

Hervázio disse ter sentido firmeza nas palavras de Ricardo. Pois, segundo ele, o governador não é de construir acordos políticos. Ele também adiantou que se optar por ir para Assembleia vai estar integrando a bancada de situação. “Nós temos que ter objetividade em nossas posições, se eu asumir ou eu me enquadro na bancada de situação ou ele (Ricardo) tem todo o direito de exonerar o deputado que está como secretário”.

Entretanto, o vereador não esconde que acha um risco assumir a cadeira no legislativo estadual. “Tanto os deputados podem entregar o cargo, como o governador pode exonerar os secretários, aí eu não sou nem vereador, nem deputado”, disse.