POLÍTICA
Investigado pela Lava Jato, presidente do TCU detona Operação
Raimundo Carreiro está na Paraíba para participar de Fórum Nacional sobre Conciliação.
Publicado em 14/08/2017 às 18:20
Em passagem por João Pessoa para participar do III Fórum de Nacional de Conciliação e Mediação (Fonacom), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, questionou a eficácia da Operação Lava Jato. “Se ela deixasse um saldo institucional, que até agora não apresentou, de combate à fraude de corrupção, seria de bom grado”, indagou.
Carreiro é um dos quatro ministros do TCU investigados no âmbito da Lava Jato, no inquérito que trata de Angra 3. Ele aparece na delação do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, que colocou Raimundo Carreiro como destinatário de um dos pagamentos feitos por ele ao advogado Thiago Cedraz. A finalidade do pagamento, que teria chegado a R$ 1 milhão, seria a obtenção de decisão favorável do TCU sobre a participação de sua empresa nas obras da Usina Nuclear de Angra.
Apesar de questionar a Lava Jato, Raimundo Carreiro disse que prefere não se aprofundar tanto no assunto, até que todo o processo seja encerrado. “Vamos aguardar o desfecho da Lava Jato e ver o saldo que ela vai deixar para o país. Fato é que até hoje não apareceu essa figura que poderia ser deixado como saldo positivo para o país”, afirmou.
Outros ministros
Além do presidente do TCU, também é investigado pela Lava Jato é o paraibano Vital do Rêgo Filho, em inquérito que apura suspeita de fraude e esquema para impedir convocações de empreiteiros na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, da qual foi presidente quando senador.
Os outros dois ministros do TCU investigados são Augusto Nardes, alvo de inquérito sobre esquema no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), e Aroldo Cedraz, que é pai do advogado Thiago Cedraz, envolvido no susposto esquema com Carreiro.
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