POLÍTICA
Justiça ouve nove testemunhas no caso Berg Lima; interrogatório do prefeito é adiado
Prefeito de Bayeux está afastado do cargo desde julho de 2017.
Publicado em 07/08/2018 às 8:59 | Atualizado em 07/08/2018 às 15:54
Nove testemunhas foram ouvidas pela Justiça na audiência de instrução do processo que investiga o prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima (sem partido), na segunda-feira (6). Havia a expectativa de interrogatório do gestor, mas ele acabou sendo adiado . O réu é acusado de ter recebido propina de um empresário da cidade, situação que foi registrada em vídeo.
Durante a manhã, o primeiro a ser ouvido foi o empresário João Paulino de Assis, vítima do caso e que auxiliou a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil. Por esse motivo, foi ouvido como declarante. Em seguida, foram inquiridas as testemunhas de acusação Karla Adriana Soares de Lima Aguiar e Heuller Cléber de Salles.
Após, foram ouvidas as testemunhas de defesa Washington Tavares de Assis, Polyana da Silva Veloso (que, por estar em união estável com o réu, foi ouvida como declarante), Christiano Silva de Oliveira e Júnio da Silva Sales (que, por ser primo do acusado, também foi ouvido como declarante). Por fim, foram inquiridos o ex-secretário da prefeitura de Bayeux Ramonn José Acioli Apolinário e o delegado de Defraudações de João Pessoa, Lucas Sá, que atuou na ação que resultou na prisão de Berg, em julho do ano passado.
O juiz Marcos William dispensou a testemunha Caio Cabral de Araújo de multa. Na ocasião, apresentou atestado médico. Antes de designar o interrogatório de Berg Lima, o magistrado abriu prazo de cinco dias para a defesa e a acusação se pronunciarem acerca do laudo de exame de mídia óptica e sobre o pedido de restituição de coisa apreendida. Marcos William ainda indeferiu o pedido da defesa para oitiva de testemunhas referidas, por entender de “cunho meramente procrastinatório”.
Caso
O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual contra Berg Lima, em novembro de 2017 e, com isso, foi aberta uma Ação Penal para apurar o suposto recebimento de propina, por parte do réu, das mãos do empresário João Paulino de Assis, dono de um restaurante de Bayeux
O prefeito afastado foi preso em flagrante no dia 05 de de 2017, em uma ação conjunta do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil, após a conversa entre ele e João Paulino ter sido monitorada.
O MPPB solicitou, na denúncia, a perda do cargo de prefeito de Berg Lima, além do emprego, função ou mandato eletivo e fixação do valor mínimo de reparação por danos morais e materiais. A acusação foi resultado de procedimento investigatório criminal realizado em conjunto com a Polícia Civil do Estado.
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