POLÍTICA
Margareth Diniz e Lúcia Guerra vão disputar 2º turno na UFPB
Margareth Diniz obteve 49,66% dos votos, e Lúcia Guerra 35,93%. Mesmo com a greve, eleição na UFPB deve acontecer próximo dia 30.
Publicado em 18/05/2012 às 6:30
O resultado da eleição para reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizada na última quarta-feira foi divulgado apenas às 5h de ontem e levou a disputa para o segundo turno, uma vez que nenhum dos candidatos conseguiu ter mais de 50% dos votos. O embate agora será entre as candidatas Margareth Diniz, que obteve 49,66% dos votos, e Lúcia Guerra, com 35,93%. Os demais candidatos obtiveram o seguinte resultado: Luiz Renato (9,96%), Otávio Machado (4,25%) e José Rodrigues (0,20%).
A votação se encerrou às 21h da quarta-feira e a apuração dos votos começou com cerca de duas horas de atraso. O Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da UFPB disponibilizou um serviço de acompanhamento em tempo real da apuração.
O primeiro turno foi marcado por denúncia de uso da máquina pelo governo do Estado em favor da candidata de oposição Margareth Diniz. Algumas urnas foram impugnadas pela chapa da professora Lúcia Guerra, devido a duplicidade de votação. “Como havia urnas de papel, em substituição das urnas eletrônicas defeituosas, foi constatado que algumas pessoas votaram duas vezes ou estudante votou como se fosse servidor”, afirmou Lúcia Guerra.
Principal concorrente de Lúcia Guerra, a professora Margareth Diniz classificou a atitude de desesperada. “Eu digo que a candidata não tem proposta e começa a se utilizar desse tipo de conduta. Não tenho relação nenhuma com o governo. No meu comitê tem gente de todos os partidos. Lamento que a candidata recorra a esse tipo de expediente, inclusive impugnando urnas nas quais tínhamos muitos votos, que poderiam ter garantido minha vitória no primeiro turno”, disse
A Comissão Eleitoral confirmou ter recebido denúncias, mas explicou que a urna foi impugnada por outros motivos. “Todas as chapas se insurgiram contra a urna de votação dos médicos residentes. Uns alegavam que o voto era válido com o peso de estudante e outros como de servidor universitário, de modo que acolhemos o pedido de impugnação”, explicou o presidente da comissão, Jonábio Barbosa.
Mesmo com a greve na UFPB, Jonábio garantiu que a data para o segundo turno das eleições para reitor está mantida para o próximo dia 30. “Apenas se o Consuni se reunir e resolver alterar a data é que a comissão pode modificar a data”, explicou.
Enquanto isso, as candidatas já começaram as conversações com os candidatos que receberam menos votos, visando adesões. Lúcia disse que está procurando aproximação com os outros três candidatos que ficaram fora da disputa. “Nos saímos muito bem em todos os campi do interior. Agora vamos trabalhar para reverter o resultado de João Pessoa. Vamos ficar atentos para no segundo turno evitar que a candidata tenha ajuda do governo, que disponibilizou um ônibus para levar o pessoal da educação a distância para votar”, disse.
Elas também devem focar nas abstenções nos três segmentos: professores, cuja abstenção foi de 13,8%, funcionários (13,9%) e alunos (73,5%).
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