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POLÍTICA

Oposição acredita em impeachment de Agra

Luciano Agra (PSB), pode sofrer um impeachment em decorrência da desapropriação da Fazenda Cuiá considerada irregular pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de João Pessoa.

Publicado em 21/09/2011 às 6:47

Angélica Nunes

O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), pode sofrer um impeachment em decorrência da desapropriação da Fazenda Cuiá, no Valentina, considerada irregular pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de João Pessoa. Desde a derrota na Câmara da Capital, a bancada de oposição protocolou no órgão o pedido de impeachment e acredita que, com o parecer atestando o superfaturamento e irregularidade na desapropriação, consiga afastar o prefeito do cargo.

“A denúncia do Ministério Público de que houve superfaturamento na negociação da Fazenda Cuiá só demonstra que estávamos certos desde o início, o que me alivia, já que fui tachado de oportunista e de apresentar denúncias inverídicas”, comentou o líder da oposição, vereador Fernando Milanez (PMDB). Ele afirmou que essa denúncia é apenas o começo. “Usurparam dinheiro público, que deve ser devolvido imediatamente. É preciso acabar com essa imoralidade. Com essa decisão de Cuiá outros escândalos virão”, disse.

Quem também comentou sobre as investigações do Ministério Público foi o vereador Tavinho Santos (PDT). Segundo ele, para ter antecipado o pagamento da indenização ao proprietário, pagando a segunda parcela apenas vinte dias após a primeira, seria preciso um ato administrativo ou um aditivo ao contrato. “Isso é improbidade administrativa. A decisão do Ministério Público só comprova a tese da oposição de que esse governo vem cometendo ilicitudes desde 2004, principalmente desviando dinheiro público”, disse.

Tavinho Santos garantiu que a oposição ao prefeito na Casa vai solicitar celeridade da Justiça para desfazer o que considera crime contra a natureza. “Foi comprovado superfaturamento, irregularidade nesse e em outros casos. Desapropriar área de preservação é a coisa mais imoral que pode existir. É a mesma coisa de a presidente Dilma desapropriar a Amazônia”, comparou.

Em defesa do governo na Casa, o vereador Bruno Farias (PPS) comentou que a prefeitura de João Pessoa recebeu o ajuizamento da ação com surpresa, mas que está com serenidade necessária para responder à Justiça todos os questionamentos que foram levantados pelo Ministério Público. “A prefeitura tem a consciência tranquila de que agiu conforme o ordenamento jurídico, portanto dentro da legalidade, tendo como pano de fundo o interesse público”, afirmou.

Tentando minimizar as denúncias do Ministério Público, Bruno Farias comparou a desapropriação da Fazenda Cuiá com o 'Caso da Confraria', que indiciou o ex-prefeito Cícero Lucena (PSDB). “Com todo o respeito que tenho ao Ministério Público, se parecer fosse decisão, todos os envolvidos no 'Caso Confraria' estariam presos hoje em dia”, disse.

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Jornal da Paraíba

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