Atenção da classe política paraibana volta a estar sob Brasília. E não é para a Praça dos Três Poderes…

Delação de ex-secretário Waldson de Souza tem agitado os bastidores da política paraibana.

Foto: Felipe Menezes
Atenção da classe política paraibana volta a estar sob Brasília. E não é para a Praça dos Três Poderes...
Foto: Felipe Menezes

As atenções da classe política da Paraíba estão voltadas nos últimos dias, mais uma vez, para Brasília. Mais especificamente para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). É lá onde foi firmada a colaboração premiada do ex-secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza – segundo a colunista Bela Megale, de O Globo.

Pelo que foi divulgado, o documento traz implicações para figuras já conhecidas e investigadas na Operação Calvário, como o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e outros; mas também relata uma possível ‘ingerência’ do governador João Azevêdo (Cidadania) nas ações e desdobramentos da investigação.

É o bastante para aguçar a expectativa de quem tem interesses diretos, ou indiretos, no processo eleitoral do ano que vem.

Mas é fato que a delação, sozinha, tem pouca força para provocar desdobramentos maiores no cenário. A temporalidade dos fatos relatados, que precisam ser investigados, diminui ainda mais as perspectivas.

O cenário nacional, de baixa nas grandes investigações, e a proximidade do processo eleitoral de 2022 também não são favoráveis.

O ‘vazamento’ dos documentos também ocorre em um momento estratégico, de lançamento de candidaturas oposicionistas no Estado.

Há quem diga que uma coisa não tem relação com a outra. Mas o jogo político não é, via de regra, feito por acasos.

O certo é que, até outubro de 2022, as delações de Waldson e de outros estarão no debate político paroquiano. O alcance dessa exposição, só o tempo será capaz de dizer.